Governo Lula pede à PF para investigar influenciadores por: “fake news sobre ações de socorro ao RS”

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O Governo Lula, por meio do ministro da Secom, Paulo Pimenta, pediu nessa terça-feira (7), a abertura de investigação de influenciadores digitais e contas em redes sociais na internet que, segundo o governo petista, vêm disseminando: “informações falsas sobre o trabalho de resgate de pessoas e sobre a recuperação dos estragos causados pelas enchentes no Rio Grande do Sul”.

Em ofício enviado ao ministro Ricardo Lewandowski, da Justiça e Segurança Pública, Pimenta cita “narrativas desinformativas e criminosas” que causam impacto no aprofundamento da crise social vivida pela população gaúcha.  Logo em seguida, Lewandowski atendeu ao pedido de seu colega Paulo Pimenta e encaminhou o ofício à Polícia Federal com pedido de investigação.

“Os conteúdos afirmam que o Governo Federal não estaria ajudando a população, de que a FAB [Força Aérea Brasileira] não teria agilidade e que o Exército e a PRF [Polícia Rodoviária Federal] estariam impedindo caminhões de auxílio. Destaco com preocupação o impacto dessas narrativas na credibilidade das instituições como o Exército, FAB, PRF e ministérios, que são cruciais na resposta a emergências. A propagação de falsidades pode diminuir a confiança da população nas capacidades de resposta do Estado, prejudicando os esforços de evacuação e resgate em momentos críticos. É fundamental que ações sejam tomadas para proteger a integridade e a eficácia das nossas instituições frente a tais crises”, alega o governo Lula.

O documento (veja na íntegra ao fim da reportagem) lista postagens nas redes sociais. Entre alvos do governo petista está o influenciador Pablo Marçal, que disse em vídeo que “a Secretaria da Fazenda do estado está barrando os caminhões de doação” e “não estão deixando distribuir comida, marmita”.

O ministério petista desmentiu. Contudo, nas redes sociais, Marçal manteve a denúncia e citou uma reportagem feita pelo SBT que comprovaria a dificuldade de caminhões chegarem ao local da tragédia por questões burocráticas. Clique AQUI para assistir à reposta publicada no Instagram, em que Pablo Marçal também critica a Rede Globo.

O Senador Cleitinho (Republicanos-MG) também foi incluído no pedido de inquérito pela mesma afirmação de que caminhões com alimentos estariam com dificuldades de chegar ao Rio Grande do Sul.

Outras postagens envolvendo o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o jornalista Thiago Asmar (o Pilhado, da Jovem Pan), o influenciador Leandro Ruschel, a influenciadora e jornalista Fernanda Salles, além de contas como ‘Pavão Misterious’ e ‘Tumulto BR’, são descritas no ofício enviado por Paulo Pimenta.

No caso de Leandro Ruschel, o governo Lula o acusa de “fake news” por causa da informação de que nove pessoas teriam morrido na UTI de Canoas (RS) à espera de socorro.

Ruschel, no entanto, justifica que a informação foi divulgada pelo próprio prefeito da cidade em ligação telefônica com o ministro Paulo Pimenta (o mesmo que pediu abertura de investigação). Posteriormente, o prefeito corrigiu a informação e disse que duas, e não 9 pessoas, morreram nas condições relatadas.

Nas redes sociais, Ruschel justificou que apenas repercutiu a informação dada pelo prefeito e que, mesmo duas pessoas mortas, é um fato grave. Clique AQUI para ver o posicionamento do influenciador e economista.

A influenciadora Steh Papaiano entrou no pedido de investigação à Polícia Federal por ter escrito nas redes sociais que o “estado como ente centralizador até agora só entregou dificuldade e ineficiência”. Em resposta, ela classificou o ato do governo Lula como censura. Clique AQUI para ver.

Ao justificar o pedido de investigação, o ministro petista afirmou: “Eu acho uma sacanagem. Tem gente trabalhando 24 horas por dia, quatro dias sem dormir, pessoas colocando a vida em risco para salvar outras. Enquanto isso, tem uma indústria de fake news alimentada por parlamentares, por influencers, por pessoas que se dedicam a atrapalhar o esforço que está sendo feito para salvar vidas”.

E prosseguiu: “Se é verdade que nós estamos numa guerra, que tem como objetivo principal encontrar pessoas que ainda estão ilhadas e ter forças para apoiar milhares de pessoas que perderam tudo, que estão em abrigos, quem age contra nós deve ser tratado como quinta coluna, palavra que a gente usa contra traidores em tempos de guerra. E quinta coluna tem que ser tratado como criminoso”, afirmou em entrevista a jornalistas na tarde de ontem.

Clique AQUI para ver o documento com os nomes que podem ser investigados e as respectivas publicações que o governo petista classifica como ‘fake news’.

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