Governo Lula tenta acordo com EUA antes de carta de Trump

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Os governos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump (Partido Republicano) intensificaram as conversas nos últimos dias para tentar selar um acordo comercial antes do fim do prazo estipulado por Washington, que se encerra no próximo 9 de julho.

Segundo apurou o UOL, representantes do Brasil e dos Estados Unidos participaram de uma reunião virtual na última sexta-feira (4), numa tentativa de destravar o impasse comercial. Diplomatas do Itamaraty indicam que as tratativas continuarão ao longo desta semana, mesmo com o prazo se aproximando.

A atual administração americana está concentrando seus esforços em 18 países estratégicos, que juntos respondem por mais de 90% das trocas comerciais dos EUA. A lista incluiria Índia, Japão, Tailândia e União Europeia — mas não há confirmação oficial de que o Brasil esteja entre os prioritários.

Há a expectativa de que, ainda nesta segunda-feira (7), 12 dessas nações recebam comunicações formais da Casa Branca com a aceitação ou recusa de acordos. O clima é de urgência, especialmente após reclamações do secretário do Tesouro, Scott Bessent, à CNN, reclamando que vários países têm postergado decisões comerciais.

Conforme revelou o colunista Jamil Chade, também do UOL, há duas semanas o governo brasileiro havia oferecido redução de tarifas sobre produtos americanos, com a condição de reciprocidade por parte dos EUA. No entanto, a Casa Branca demorou a responder. Apenas na última sexta-feira o tema foi retomado entre as partes, sem resultado conclusivo.

Os americanos continuam criticando as taxas de importação brasileiras, especialmente sobre etanol e produtos industrializados. O Brasil, por sua vez, sinalizou a possibilidade de cortar a tarifa de 18% sobre o etanol americano, contanto que os impostos sobre o açúcar brasileiro nos EUA também sejam reduzidos.

As negociações contam com a participação direta de ministros como Fernando Haddad (Fazenda), Geraldo Alckmin (Desenvolvimento e Indústria) e Mauro Vieira (Relações Exteriores). O objetivo é minimizar os impactos do pacote tarifário anunciado por Trump em 2 de abril, que impôs taxas de 10% a diversos produtos brasileiros e até 50% sobre o aço.

Um levantamento da Câmara de Comércio Brasil-EUA aponta que cinco dos dez principais produtos brasileiros exportados aos EUA já sofreram queda nas vendas, reflexo direto da elevação tarifária.

Além dos países prioritários, o governo americano ainda pretende enviar comunicados a cerca de 100 outras nações com comércio bilateral menor, informando a decisão final sobre o regime de tarifas. (Foto: EBC; Fonte: UOL)

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