Governo impõe sigilo sobre pesquisas encomendadas sob Lula e libera as realizadas por Bolsonaro

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O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu manter confidenciais as pesquisas de opinião realizadas pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) a partir de 2023. Entretanto, autorizou a divulgação dos resultados dos levantamentos feitos durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). A reportagem é da Folha de SP.

Em um parecer apresentado em novembro, a Controladoria-Geral da União (CGU) aceitou o argumento da Secom, liderada pelo então ministro Paulo Pimenta, de que os dados atuais são “documentos preparatórios” e, por isso, não podem ser tornados públicos no momento.



Segundo a secretaria, a divulgação antecipada poderia “resultar em pressões externas ou na manipulação da opinião pública”, comprometendo iniciativas governamentais em curso.

A CGU indicou, porém, que as pesquisas da gestão Lula poderão ser divulgadas ao final do mandato ou após a implementação das políticas públicas relacionadas a cada levantamento.



Por outro lado, as pesquisas realizadas em 2022, durante o governo Bolsonaro, terão publicidade. Essa decisão representa uma mudança de postura da CGU, que em junho havia concordado em manter sigilosos todos os estudos, independentemente do período em que foram realizados.

De acordo com a Secom, entre 2022 e 2024, foram realizados 33 levantamentos por meio do Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (Ipri), pertencente à empresa FSB. O contrato, iniciado em 2022, custou R$ 13 milhões no total, sendo que o último trabalho foi concluído em abril de 2024.



Durante a gestão Bolsonaro, as pesquisas abordaram temas como Auxílio Brasil, conjuntura nacional, juventude e programas sociais. Também foram realizadas sete sondagens semanais por telefone, com o último levantamento finalizado em dezembro de 2022, após a eleição presidencial.

Já na administração Lula, os levantamentos custaram R$ 9,8 milhões, com dois deles, relacionados às marcas de 100 dias e de 1 ano de governo, sendo os mais caros, ao custo de R$ 2,1 milhões cada. Outros estudos abordaram assuntos como “perfil da classe média brasileira”, “endividamento da população” e “conflito no Oriente Médio”.



A Secom informou à Folha de S.Paulo que precisaria de 90 dias para avaliar os materiais relacionados às pesquisas da gestão Bolsonaro, solicitados via Lei de Acesso à Informação (LAI).

A CGU e a Secom não se pronunciaram aos questionamentos da Folha de SP sobre a decisão de manter os dados do governo Lula em sigilo. E mais: Área queimada no Brasil em 2024 é maior do que toda a Itália. Clique AQUI para ver. E clique AQUI para apoiar nosso trabalho. (Foto: Palácio do Planalto; Fonte: Folha de SP)



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