Governo Lula quer diminuir carne na marmita de refugiados venezuelanos

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O governo Lula planeja uma redução significativa na quantidade de carne bovina, suína e de frango nas refeições oferecidas aos refugiados venezuelanos em Roraima. De acordo com informações do jornalista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, o corte na quantidade de carne bovina será de pelo menos 50 gramas por refeição, conforme revelado por fontes próximas ao processo.

A Operação Acolhida, em vigor desde 2018 para auxiliar os venezuelanos que fogem da crise em seu país, é responsável pela distribuição de alimentos aos refugiados. Coordenada pelo Ministério da Defesa e pelo Exército, a operação atua em Boa Vista e Pacaraima (RR).

A redução na quantidade de proteína está sendo considerada durante a licitação deste ano, cujo término está previsto para esta quarta-feira (27/3). Este novo contrato substituirá o anterior, em vigor desde março de 2023. No contrato anterior, estabelecido ainda no governo Bolsonaro, todas as refeições de almoço e jantar deveriam conter 150 gramas de proteína preparada sem osso ou 180 gramas com osso, exceto no caso do peixe, que tinha suas próprias especificidades.

No entanto, na licitação de 2024, elaborada sob a gestão do Ministério da Defesa de Lula, a quantidade de carne suína, bovina e de frango varia de 83 a 150 gramas, enquanto para peixe é estabelecido um padrão de 200 gramas. Ao contrário do contrato anterior, esta nova licitação não especifica se a quantidade de carne deve incluir osso ou não.

Ainda de acordo com a reportagem, além da redução na quantidade de proteína, este novo contrato também introduz a inclusão de ovos de galinha ou codorna no planejamento alimentar. Refeições com ovos não incluirão outras carnes no prato, ao contrário do que era estabelecido anteriormente.

Para pessoas com restrições alimentares, como diabéticos, obesos e hipertensos, a redução na quantidade de proteína é ainda mais significativa. Por exemplo, a quantidade de carne bovina foi reduzida de 100 gramas para 25 gramas.

Além da proteína, as refeições oferecidas aos refugiados também incluem arroz ou macarrão, feijão, uma guarnição e salada. Um levantamento recente sugere que a quantidade total de comida oferecida aos refugiados pode diminuir. Enquanto o contrato anterior estabelecia uma quantidade específica de 650 gramas, o novo contrato fala em 680 calorias.

A empresa líder na licitação de 2024 oferece, em seis dos sete dias da semana, refeições com menos comida do que o estabelecido no contrato anterior.

O Ministério da Defesa, ao ser questionado pela coluna do jornalista sobre a redução na quantidade de proteína, negou a existência desse corte, afirmando seguir padrões internacionais em operações humanitárias. No entanto, não comentou sobre os números que indicam a redução entre as licitações. E mais: Colômbia expulsa diplomatas argentinos após Milei chamar Petro de “assassino comunista”. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: Metrópoles)

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