Uma iniciativa inédita do Governo Federal, por meio do Ministério da Justiça, irá estabelecer ações para combater o tráfico de drogas no Brasil e cuidar dos usuários com foco na reinserção social e no tratamento humanizado. É o Plano Nacional de Políticas sobre Drogas (Planad), lançado nesta quarta-feira (22), durante a abertura da 24ª Semana Nacional de Políticas sobre Drogas, em Brasília.
“O Planad é um claro redirecionamento da política nacional de combate às drogas. Com isso, além de reprimir o consumo, atuaremos de mãos dadas com o cuidado, tratamento e reinserção dos usuários”, afirmou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres (foto acima), que também preside o Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad).
Assinado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em conjunto com o Ministério da Cidadania, e aprovado por unanimidade pelo Conad no final de maio, o documento reúne ações dos ministérios da Justiça e Segurança Pública, da Saúde, da Educação, da Economia, da Defesa, das Relações Exteriores e da Mulher, Família e Direitos Humanos.
Redirecionamento
A iniciativa muda o viés das ações públicas: as forças de segurança ampliam o trabalho de repressão e os demais órgãos incluem o tratamento de dependentes em programas que geram oportunidades de trabalho fora do crime.
É o caso dos centros de recuperação que acolhem os usuários. “Assinamos aqui protocolos de prevenção e atuação conjunta. O governo investe e acredita no trabalho das 684 comunidades terapêuticas do Brasil. Mais de 200 mil famílias foram atendidas e tiveram ajuda para que os usuários tivessem uma nova vida”, reforçou o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento.
De acordo com o Secretário Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad/MJSP), Paulo Gustavo Maiurino, também estão no radar da prevenção drogas lícitas como o álcool, o tabaco e medicações legais. “O consumo de drogas é um problema social gravíssimo que gera violência. Nesse contexto, o Planad une população, especialistas e o poder público em um debate sério para enfrentar o problema”, explicou.
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