Ministros do Palácio do Planalto enxergam dois nomes do próprio governo como os grandes responsáveis pela turbulência provocada pela Operação Sem Desconto, investigação que expôs um esquema bilionário de descontos indevidos sobre benefícios do INSS. A avaliação foi publicada por Igor Gadelha, em sua coluna no Metrópoles.
“Ministros do Palácio do Planalto elegeram dois personagens do governo como os principais responsáveis pela crise da fraude do INSS. O esquema foi descoberto após uma série de reportagens do Metrópoles.”, conforme o colunista
O primeiro alvo interno, relata Gadelha, é o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU): “Para o Planalto, um dos culpados seria o chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius de Carvalho. A avaliação é de que ele deveria ter comunicado o caso ao núcleo duro do governo, e não apenas notificado o INSS.”, segundo o colunista.
Ainda de acordo com a coluna, o próprio chefe da Casa Civil voltou a criticar o controlador-geral: “O papel da Polícia Federal é apurar o crime. O da Controladoria é impedir o crime… A Controladoria-Geral tem o papel de evitar o problema, apontar falhas de procedimentos”, disse Rui Costa ao O Globo, em citação reproduzida por Gadelha.
O segundo responsabilizado é Carlos Lupi (PDT), que deixou a pasta da Previdência em 2 de maio: “Outro apontado por integrantes do Planalto como culpado é o ex-ministro da Previdência Carlos Lupi (PDT)… Lupi não teve competência para gerir a crise e ainda cometeu o erro de defender publicamente o ex-chefe do INSS Alessandro Stedanutto, que foi demitido.”, como mostra a reportagem.
A Operação Sem Desconto, deflagrada em 23 de abril, mobilizou 700 policiais federais e 80 auditores da CGU para cumprir 211 mandados judiciais em 14 estados.
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