O governo do Canadá anunciou, nesta sexta-feira (5), a proibição “temporária” de importação de armas de fogo restritas a partir de 19 de agosto. A medida tem como objetivo dificultar a aquisição de armas legais com vista à votação que poderá restringir ainda mais à aquisição de armas.
A proibição de importação permanecerá em vigor até que um congelamento nacional de armas curtas entre em vigor, disse o governo canadense em comunicado. O governo do primeiro-ministro Justin Trudeau apresentou o projeto de lei C-21 em maio sob a justificativa de “combater a violência armada”.
O pacote de controle de armas de Trudeau, que inclui um congelamento nacional na venda e compra de armas curtas, entre outras medidas, ainda não foi implementado. O parlamento canadense está atualmente em férias de verão até setembro.
O envio da proposta pelo governo fez com que os canadenses corressem para comprar armas depois que o congelamento foi anunciado. Agora, o objetivo é impedir que os vendedores de armas reabasteçam seu estoque com a proibição de importação, disse a ministra das Relações Exteriores, Melanie Joly, a repórteres em um briefing. O Ministério das Relações Exteriores tem autoridade para negar licenças comerciais.
“A proibição de importação anunciada hoje ajudará a manter as armas fora de nossas ruas enquanto trabalhamos para implementar o Bill C-21, reduzindo a violência armada no curto prazo”, disse Joly.
O Canadá tem leis de controle de armas muito mais rígidas do que os Estados Unidos, mas os canadenses ainda assim podem possuir armas de fogo desde que tenham uma licença. Armas de fogo restritas ou proibidas, como revólveres, também devem ser registradas.
“Dado que quase todas as nossas armas são importadas, isso significa que estamos trazendo nosso congelamento nacional de armas ainda mais cedo”, disse o ministro da Segurança Pública do Canadá, Marco Mendicino, falando ao lado de Joly.
