Nesta segunda-feira (27), mais duas montadoras também paralisaram a produção de veículos. Volkswagen e General Motors (GM) iniciaram períodos de férias coletivas para cerca de cinco mil trabalhadores de suas fábricas de Taubaté e São José dos Campos, no interior paulista.
Com o mercado de veículos em marcha lenta, diversas montadoras no país anunciaram afastamento de funcionários e redução na produção entre março e abril. As paralisações também ocorrem em unidades da Hyundai, em Piracicaba; Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo; e Stellantis, em Goiana no Pernambuco, que reúne marcas como Fiat, Peugeot, Citröen.
Na Volkswagen, o afastamento dos funcionários na fábrica de Taubaté será inicialmente de 10 dias para cerca de 2 mil trabalhadores. Depois haverá um novo período de férias coletivas para 900 funcionários, que só voltam ao trabalho após o feriado de Tiradentes, em Maio.
De acordo com a fabricante, a medida tem como objetivo a manutenção da linha de produção da unidade e ainda a instabilidade na cadeira de fornecimento de componentes, como por exemplo os semicondutores.
Na General Motors, a medida atingirá três mil funcionários da unidade de São José dos Campos (SP) – cerca de 80% da área de produção. O retorno está previso inicialmente para o dia 13 de abril.
Dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) mostram que janeiro de 2023 começou lento. Comparado ao mês anterior, houve queda de 34% nos emplacamentos de automóveis, veículos comerciais leves, caminhões e ônibus, ainda que o número seja 12% maior que o observado em janeiro de 2022.
Em fevereiro, outro mau resultado. A produção nacional de veículos caiu 2,9% em relação ao mesmo período do ano passado, dessa vez segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Foram fabricados 161,2 mil veículos, o menor número para o mês desde 2016.