Gleisi Hoffmann (PT-PR), afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não fará um “carta ao povo brasileiro”, como ocorreu em 2022, e nem atender ao “mimimi do mercado”. A presidente do PT deu a declaração em uma entrevista ao Jornal O Globo, nessa quinta-feira. A fala acontece no dia em que a fala de Lula sobre responsabilidade fiscal derrubou Bolsa de Valores e fez o dólar disparar.
“Não tem necessidade de carta ao povo brasileiro, as pessoas já conhecem o Lula. Não precisamos mais de um (Antonio) Palocci”, disse ela em referência a tal carta em 2002, divulgada com intuito de acalmar o mercado naquele ano.
E prosseguiu: “A única coisa que não vamos fazer é quebrar contratos, como o Bolsonaro fez com os precatórios. O resto nós vamos fazer. E não tem ‘mimimi’ do mercado. Um país que não tem dívida externa, que tem este mercado consumidor não pode ter o povo com fome e sem renda”, completou.
Gleisi se refere à PEC dos Precatórios, que flexibilizou ligeiramente as regras do teto de gastos parcelou as dívidas judiciais da União. Em 2021, os precatórios vieram muito acima da média anual, em um total de R$ 91 bilhões, o que acabaria inviabilizando o pagamento do Auxílio Brasil de maior valor. Assim, foi acertado o pagamento à vista para pessoas ou empresas que tinham até R$ 600 mil a receber da União e, acima disso, o valor seria parcelado.
Ao O Globo, a presidente da sigla aponta a revogação do teto de gastos como uma das propostas eleitorais do PT. “O teto de gastos está desmoralizado e deve ser um dos primeiros a serem liquidados. Bolsonaro fez o orçamento de guerra e muitas outras coisas fora do teto aos olhos do mercado e agora querem exigir de nós respeito ao teto?”, questionou.
Como bem lembrou Gleisi, Bolsonaro fez orçamento de guerra justamente porque enfrentou as consequências de uma pandemia sem precedentes e de uma guerra propriamente dita. E veja também: Governo Bolsonaro encerrou 25% dos lixões em todo o Brasil. Clique AQUI para ver.
