Recife, 22 de setembro de 2023 – A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada Gleisi Hoffmann, do estado do Paraná, voltou a abordar suas críticas ao funcionamento da Justiça Eleitoral e esclareceu suas declarações sobre o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), durante uma entrevista em Recife (PE).
Na quarta-feira, 20 de setembro, Gleisi havia defendido a ideia de que o Brasil “não pode ter uma Justiça Eleitoral” e qualificou a existência dessa instituição como “absurda”.
Entretanto, durante a entrevista recente, a parlamentar enfatizou que sua crítica se direciona especificamente ao corpo técnico da Justiça Eleitoral, que, em sua visão, frequentemente desconsidera os aspectos técnicos da prestação de contas, introduzindo interpretações que divergem da jurisprudência.
“Fiz uma crítica muito dura à Justiça Eleitoral, especificamente ao corpo técnico da Justiça Eleitoral, que reiteradamente não se atém aos aspectos técnicos da prestação de contas. Coloca a vontade, faz interpretações e fere a jurisprudência. Reclamam dos partidos políticos e dos valores das multas, mas nós temos um custo da Justiça Eleitoral. É três vezes quase o que custa a campanha eleitoral. Numa democracia como nós estamos, qualquer instituição é passível de crítica e de ser discutida”, afirmou Gleisi.
Ela também mencionou as multas aplicadas aos partidos políticos e destacou o alto custo da Justiça Eleitoral em relação às campanhas eleitorais.
Gleisi Hoffmann expressou seu respeito pelo posicionamento do ministro Alexandre de Moraes, afirmando que ele foi instigado a defender a Justiça Eleitoral e o Tribunal Superior Eleitoral em meio aos debates acalorados.
Ela manifestou a intenção de encontrar o ministro para esclarecer suas declarações e permitir que ele compreenda integralmente o conteúdo de suas críticas à Justiça Eleitoral.
A líder do PT concluiu afirmando que qualquer instituição em uma democracia está sujeita a críticas e discussões, enfatizando a importância do debate público e da transparência na avaliação das instituições democráticas.
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