Gleisi Hoffmann rebate Padilha e critica declaração sobre PT estar na ‘zona de rebaixamento’

direitaonline




A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, contestou as declarações do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, sobre o desempenho do partido nas eleições municipais, onde ele afirmou que a sigla ainda estaria na “zona de rebaixamento”. Em sua conta no X (antigo Twitter), Hoffmann declarou que as palavras do ministro “ofendem o PT” e acusou Padilha de desconsiderar o esforço da legenda ao tratar o assunto com “graça”.

Gleisi também ressaltou que Padilha tem responsabilidade nos resultados obtidos, destacando que o ministro precisa “refrescar a memória” sobre os desafios enfrentados pelo PT desde 2016.




“Pagamos o preço, como partido, de estar num governo de ampla coalizão. E estamos numa ofensiva da extrema direita”, escreveu ela, frisando o contexto político e as dificuldades enfrentadas pela legenda.

A presidente do PT também pediu mais respeito ao partido, afirmando: “Ofender o partido, fazendo graça, e diminuir nosso esforço nacional não contribui para alterar essa correlação de forças. Padilha devia focar nas articulações políticas do governo, de sua responsabilidade, que ajudaram a chegar a esses resultados. Mais respeito com o partido que lutou por Lula Livre e Lula Presidente, quando poucos acreditavam”, completou Gleisi.




A troca de declarações ocorreu após uma reunião no Palácio da Alvorada entre Padilha, o presidente Lula e Gleisi. Durante o encontro, Padilha admitiu que, apesar da melhora em relação a 2020, o partido ainda não deixou a “zona de rebaixamento”, comparando o desempenho eleitoral a uma metáfora futebolística. Segundo o ministro, a taxa de reeleição no país foi a maior já registrada, com 82% dos prefeitos mantendo seus cargos, incluindo o exemplo de Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo.

Nas eleições de 2024, o PT conquistou 252 prefeituras, incluindo apenas uma capital, Fortaleza, onde Evandro Leitão venceu por uma margem estreita de 10.838 votos. O desempenho atual contrasta com a marca histórica de 2012, quando o PT elegeu prefeitos em 637 cidades, durante o governo de Dilma Rousseff.




Padilha afirmou ainda que o PT precisa entender melhor as razões pelas quais parte dos trabalhadores, especialmente aqueles com renda entre dois e dez salários mínimos, não se sentem representados pelo partido. Ele mencionou que o presidente Lula também vem insistindo na importância de o PT se reaproximar da classe trabalhadora.

Gostou? Compartilhe!
Next Post

Gilmar Mendes anula condenações de Zé Dirceu na Lava Jato

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou ontem (28) todas as condenações da Lava Jato contra o ex-ministro José Dirceu (PT), uma decisão que reverte processos e restabelece seus direitos políticos, retirando-o da condição de “ficha-suja”. A reportagem é do portal UOL. O caso, que corre em […]