Ex-Ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ao longo doo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o general Augusto Heleno foi convocado nesta terça-feira (30) para prestar depoimento no inquérito que investiga um suposto “esquema de espionagem clandestina” dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), alegadamente sob ordens do então diretor da agência, Alexandre Ramagem. A intimação foi realizada pela Polícia Federal (PF). Na época, a Abin estava subordinada à pasta comandada pelo general Heleno.
O depoimento de Heleno está agendado para a próxima terça-feira (6) na sede da PF, em Brasília. Ele será ouvido pela equipe responsável pelo atual inquérito.
A investigação busca esclarecer se Heleno tinha conhecimento das alegadas ilegalidades supostamente cometidas por Ramagem na Abin e quem eram os destinatários dos produtos e relatórios produzidos, considerando que o general ocupava o cargo mais alto na hierarquia.
A investigação
Chefe da Abin entre de julho de 2019 a março de 2022, Ramagem é alvo de investigação por suposto monitoramento ilegal de autoridades e adversários de Bolsonaro.
Na segunda-feira (29), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente, também foi alvo de busca e apreensão em sua casa em um condomínio na Barra da Tijuca e em seu gabinete.
A PF também cumpriu mandado na casa da família Bolsonaro na Vila de Mambucaba em Angra dos Reis (RJ), onde o Carlos estava com o pai e os irmãos, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-RJ)
Segundo a PF, os tais monitoramentos utilizam técnicas de investigação próprias das polícias judiciárias, sem, contudo, decisões judiciais ou do Ministério Público. E veja também: Governo Lula e Bolívia assinam acordo de fertilizantes. Clique AQUI para ver.