Foto: reprodução TV Globo; Luiz Wolff/Divulgação | Fonte: Estadão; G1
Com o período de férias dos parlamentares, uma invasão inusitada está agitando os corredores do Senado brasileiro. Os saruês, também conhecidos como gambás-de-orelha-branca, estão sendo avistados nas salas da Casa, gerando preocupação entre os funcionários e exigindo ações imediatas.
A dimensão do problema é tão significativa que a administração do Senado emitiu um alerta aos funcionários por meio da intranet. Na primeira página, um comunicado destaca a pergunta intrigante: “Você já viu um saruê pelo Senado? Saiba como se comportar”. A jornalista Roseann Kennedy, do Estadão, teve acesso ao teor da mensagem, que detalha a preocupante presença desses animais no ambiente parlamentar.
Segundo o comunicado, foram realizadas sete capturas de saruês somente na primeira semana de janeiro. O alerta destaca que um dos locais preferidos desses gambás-de-orelha-branca no Senado é o bloco 17, abrigando a Coordenação de Saúde, o Serviço Médico de Emergência e a Central do Servidor. Uma funcionária relata três ocorrências no local nos últimos dez dias.
Diante desse cenário, os servidores receberam orientações específicas sobre como agir ao se depararem com um saruê. A administração recomenda acionar a Brigada do Senado para lidar com a situação. Os animais capturados são posteriormente soltos na área verde mais próxima, seguindo as diretrizes do Batalhão de Polícia Militar Ambiental do Distrito Federal.
O problema não é novo. Em 2021, por exemplo, um cartucho de fuzil foi encontrado próximo ao gabinete do senador Álvaro Dias (Podemos-PR) na tarde desta quarta-feira (27), no Senado Federal. Após a análise das câmeras de segurança, a Polícia Legislativa do Senado confirmou que o objeto foi deixado no local por um saruê, que o carregava.
As câmeras de segurança revelaram que o animal levou, na boca, o projétil até o prédio do Congresso. De acordo com a polícia, uma das possibilidades é a de o saruê ter achado a bala no esgoto, por exemplo.