Com mais de dez meses de mandato, o governo Lula (PT), fez críticas contundentes à política ambiental da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Essas críticas surgem em meio ao agravamento das queimadas que, há três dias, cobrem com densa fumaça a região metropolitana de Manaus, colocando a capital do Amazonas entre as cidades com a pior qualidade do ar no mundo.
O governo federal respondeu ao problema ao mobilizar mais de 300 brigadistas para combater os incêndios que afligem a região há cerca de 15 dias. Os moradores de Manaus têm enfrentado riscos à saúde respiratória e à visibilidade devido à extensa fumaça proveniente dos focos de queimadas.
Diante do agravamento da situação e das críticas da oposição, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, foram escalados para apresentar, em Brasília, na sexta-feira (13), as medidas de combate à crise.
A oposição ao governo Lula aproveitou a oportunidade para criticar Marina Silva e a política ambiental do governo petista. O senador Flávio Bolsonaro, do Partido Liberal (PL), destacou o aumento no número de focos de queimadas e atribuiu o fato ao governo atual. Ele afirmou: “Sob Lula, as queimadas em outubro aumentaram 148% em relação ao ano passado, no Amazonas. Lula não tem política ambiental, apenas política de sucateamento!” Os números apresentados pelo senador provêm da plataforma World Air Quality e têm algumas diferenças em relação aos números oficiais.
Imagina se fosse com o Bolsonaro?
Jack do Titanic e o Hulk estariam pulando como uma perereca!Sob Lula, queimadas em outubro aumentaram 148% em relação ao ano passado, no Amazonas.
Lula não tem política ambiental, apenas política de sucateamento! pic.twitter.com/TnCol60LwJ
— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) October 13, 2023
Durante a coletiva de imprensa realizada ontem (13), a ministra Marina Silva esclareceu que o governo federal vai atuar em parceria com os Estados para combater os focos de queimada na região Amazônica. Ela classificou o cenário como sendo de “extrema gravidade” e atribuiu parte das dificuldades à gestão anterior. Marina declarou: “(A situação é adversa) porque nós não tínhamos esse planejamento no governo anterior (do ex-presidente Jair Bolsonaro). Nós assumimos o governo agora, mas procuramos ser previdentes, contratando as pessoas no tempo certo.”
Marina também defendeu as ações do governo Lula na área de meio ambiente, incluindo a edição de uma medida provisória para assegurar recursos adicionais destinados às iniciativas de combate ao desmatamento e às queimadas. Ela ressaltou que, mesmo com uma redução de 64% no desmatamento no Estado do Amazonas, a situação ainda é desafiadora. A ministra argumentou: “Imagine se tivéssemos mantido o padrão que tínhamos no ano passado.”
A ministra enfatizou que “não existe fogo natural na Amazônia” e que o “principal vetor dos incêndios no local decorre da prática do desmatamento”. Ela também fez um apelo à população da região, que tem o costume de utilizar o fogo para desmatar terras. Marina disse: “A população precisa colaborar”, referindo-se à situação crítica na região Norte do país. A preocupação com o meio ambiente e a luta contra as queimadas na Amazônia continuam sendo um desafio fundamental para o governo brasileiro.
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