As seis irmãs da Congregação de Sant’Ana, que foram sequestradas em Porto Príncipe, Haiti, no dia 19 de janeiro, foram libertadas, assim como outras duas pessoas que também estavam em cativeiro. A notícia da libertação foi confirmada pelo arcebispo metropolitano da capital haitiana, dom Max Leroys Mesidor, que expressou sua alegria e agradecimento pela atenção e apoio recebidos durante essa situação delicada.
A confirmação da liberdade também chegou ao Vaticano, e o Papa, durante o Angelus do último domingo (21), fez um apelo sentido pela libertação das seis freiras e expressou sua preocupação pelos dramas que assolam a ilha. Ele rezou pela harmonia social no país e pediu o fim da violência que tem causado sofrimento à população.
A Igreja Católica haitiana organizou uma vigília de oração na quarta-feira, 24 de janeiro, dedicada às religiosas e a todos os sequestrados. O arcebispo dom Mesidor e o padre Morachel Bonhomme, presidente da Conferência dos Religiosos do Haiti, emitiram uma nota conjunta pedindo o fim da violação da dignidade dos filhos de Deus. Eles convidaram os fiéis haitianos a organizar uma corrente de orações incessantes pela libertação das oito pessoas sequestradas e a passar um dia em meditação e adoração eucarística.
Segundo informações da Conferência dos Religiosos do Haiti (CDH), as irmãs foram capturadas na rua enquanto se dirigiam aos centros educacionais onde desempenham seu trabalho.
Os sequestros têm crescido nas últimas semanas em Porto Príncipe e em algumas estradas nacionais, refletindo a violência predominante no país devido às atividades de gangues criminosas, que no ano passado controlavam cerca de 80% da capital.
Desde o último domingo, gangues armadas intensificaram suas atividades mortais, enquanto manifestações contra a insegurança foram organizadas em todo o país.
Na quinta-feira, o distrito de Solino, no sul de Porto Príncipe, foi palco de violentas trocas de tiros entre gangues rivais, incluindo um grupo armado do distrito vizinho de Bel-Air. De acordo com testemunhas, os confrontos deixaram cerca de vinte pessoas mortas, segundo o diretor local de uma organização humanitária de direitos humanos.
Outros distritos da capital, Carrefour Péan e Delmas 24, também foram alvo de ataques de gangues. Nas ruas de Porto Príncipe, os moradores montaram barricadas para se proteger.
Há várias semanas, os sequestros têm aumentado em Porto Príncipe e nas estradas principais. Na semana passada, um médico e um juiz de paz foram sequestrados sendo depois libertados mediante pagamento de resgate. (Fonte e foto: Vaticano)