Eduardo Saverin, cofundador do Facebook, retomou o posto de brasileiro mais rico na lista de bilionários da revista Forbes em 2025. O empresário, natural de São Paulo, construiu sua fortuna ao investir no então colega de faculdade, Mark Zuckerberg.
Neste ano, Saverin alcançou a 51ª posição no ranking mundial da Forbes, avançando nove colocações em relação ao ano anterior, quando figurava em 60º. O crescimento de sua fortuna foi impulsionado por um aumento de 23% em seu patrimônio, que passou de US$ 28 bilhões em 2024 para US$ 34,5 bilhões em 2025.
Nascido em 1982, Saverin vem de uma família judia de origem romena. Seu avô fundou a Tip Top, uma das pioneiras na produção de roupas infantis no Brasil. Aos 11 anos, mudou-se para os Estados Unidos, onde cursou Economia na Universidade de Harvard. Durante a graduação, destacou-se tanto academicamente quanto no setor financeiro, conquistando a honraria magna cum laude.
Foi na universidade que conheceu Mark Zuckerberg e se tornou um dos cofundadores do Facebook em 2004, investindo US$ 1 mil no projeto e assumindo a função de diretor financeiro. No entanto, desentendimentos entre os sócios levaram a disputas judiciais, resolvidas posteriormente em um acordo extrajudicial, garantindo a Saverin o reconhecimento como fundador da empresa.
Após deixar o Facebook, ele se mudou para Singapura em 2009 e, em 2011, abriu mão da cidadania americana, decisão que gerou controvérsias por supostos benefícios fiscais. Em 2016, criou a B Capital Group, gestora de investimentos focada em startups de tecnologia na Ásia e na Índia. Atualmente, a empresa administra mais de US$ 7 bilhões em ativos e se consolidou como referência no setor.
Casado com a indonésia Elaine Andriejanssen e pai de um filho, Saverin mantém um perfil discreto e segue direcionando seus esforços para investimentos em inovação e tecnologia.
Mais jovens
A Forbes também divulgou a relação dos bilionários mais jovens do mundo em 2025, destacando duas herdeiras brasileiras no ranking. As irmãs Dora Voigt de Assis, de 27 anos, e Lívia Voigt, de 20, aparecem na lista por conta da participação acionária na WEG, gigante do setor elétrico fundada por seu avô, Werner Ricardo Voigt, em 1961.
As duas irmãs possuem juntas 3,1% da companhia, mas não exercem funções executivas nem integram o conselho administrativo. A presença de herdeiros no ranking é predominante: dos 21 nomes citados, 19 receberam suas fortunas por sucessão familiar.
A Europa lidera a lista, com 15 representantes, sendo a Alemanha o país com o maior número de bilionários jovens (sete), seguida da Itália, com três. Fora do continente europeu, apenas Coreia do Sul, Estados Unidos, Austrália e Brasil possuem nomes no levantamento.
Dora Voigt de Assis se formou em arquitetura em 2020 e optou por não se envolver diretamente na administração da WEG. Já Lívia Voigt, que tem um patrimônio estimado em US$ 1,2 bilhão (aproximadamente R$ 6,8 bilhões), cursa psicologia e evita aparições públicas.
Apesar de manter discrição, registros antigos apontam que ela tinha uma forte ligação com o avô, falecido em 2016, quando ela ainda era criança. Veja outras notícias do dia AQUI. (Foto: PixaBay; Fonte: CNN)
