Folha de SP diz que política econômica de Lula traz “risco de inflação” e “crescimento pífio”

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A persistente pressão inflacionária, mesmo diante de juros elevados, tem levado especialistas e a mídia a questionar a sustentabilidade da política econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em seu editorial desta segunda-feira (11), a Folha de S.Paulo aponta que a atual abordagem do governo precisa de um ajuste urgente, alertando para os danos que o país poderá enfrentar se as mudanças não forem feitas a tempo.



“O ajuste do Orçamento federal é inescapável”, destaca o jornal, apontando que, apesar dos esforços do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, até o momento, o governo tem resistido a adotar as medidas necessárias. A resistência de Lula e de seu partido, segundo o editorial, reflete um apego ao populismo e a uma visão de que os gastos públicos são o caminho para a prosperidade.



“Ainda sustenta tais ilusões”, afirma a Folha, criticando a postura do presidente, que, em seu terceiro mandato, parece ignorar os danos causados pela inflação, especialmente aos mais pobres.

O texto faz referência ao legado da ex-presidente Dilma Rousseff e ao impacto da inflação durante seu governo, sugerindo que Lula não aprendeu com os erros do passado. “Nem mesmo a ruína social produzida pela correligionária Dilma Rousseff parece ter deixado lições”, escreve o jornal, reforçando que a insistência nos altos gastos públicos continua sendo um risco iminente.



O editorial também questiona os adiamentos sucessivos de um pacote prometido pelo governo para controlar as despesas obrigatórias. “Enquanto o mandatário não se decide, a realidade vai se impondo e acabará decidindo por ele, não sem danos para o país”, alerta a Folha. O jornal também faz referência à última leitura do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que indicou uma inflação acumulada de 4,76% em 12 meses até outubro, acima da meta oficial de 3%. As projeções apontam que o índice pode fechar o ano com uma alta superior a 5%.



Outro ponto abordado pelo editorial é o impacto da desvalorização do real e a alta do dólar, que tem pressionado os preços de matérias-primas e alimentos. “O dólar em alta eleva os preços de matérias-primas, inclusive alimentos, que subiram 6,65% nos 12 meses até outubro”, destaca o texto, que também chama atenção para o aumento da inflação no setor de serviços, que já registra taxas entre 5% e 6% ao ano.



A Folha de S.Paulo ressalta que o excesso de gastos do governo tem alimentado uma demanda acima da capacidade produtiva do país, o que agrava a situação econômica e fragiliza as contas públicas. “A desconfiança quanto à trajetória da dívida pública desvaloriza o real e eleva os juros”, critica o editorial, mencionando a recente alta da taxa Selic, que foi elevada para 11,25% ao ano. A expectativa é de que o índice ultrapasse os 13% nos próximos meses, o que, segundo o jornal, poderá forçar uma recessão.

“O pior cenário é novamente o país ser aprisionado na nefasta combinação de inflação e recessão”, alerta o editorial, sugerindo que a continuidade dessa política poderá resultar em uma crise econômica prolongada.



Embora reconheça que o governo petista tem adotado algumas medidas fiscais, como a cobrança de impostos sobre os mais ricos, a Folha afirma que “não é mais possível persistir apenas nesse rumo”. O jornal conclui enfatizando que, sem um programa convincente de controle de gastos, o governo de Lula corre o risco de enfrentar uma deterioração econômica contínua nos próximos anos. E mais: Estatais registram déficit de R$ 7,4 bilhões até setembro, o maior da série histórica. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: Folha de SP)

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