A família de Agnaldo Rayol, que faleceu aos 86 anos em 4 de novembro, emitiu um comunicado nas redes sociais do cantor para esclarecer as circunstâncias em torno da demora no atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), após ele sofrer uma queda em sua casa.
Segundo os familiares, o tempo total do resgate foi de 1h22 minutos, entre a primeira ligação e o momento em que o cantor foi levado ao hospital.
De acordo com a nota, após a queda, Rayol sofreu um corte significativo na cabeça, com sangramentos intensos. Durante a espera pela chegada da ambulância, os familiares mencionaram que foram necessárias três toalhas para conter o fluxo de sangue, enquanto o Samu oferecia orientações por telefone.
A ambulância, após a primeira chamada às 3h30, chegou ao local às 4h19, sendo que os profissionais prestaram atendimento no local e saíram com o cantor por volta das 4h38. A ambulância, no entanto, permaneceu estacionada por 14 minutos antes de seguir para o hospital, localizado a 1,8 km do local do atendimento.
A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo foi procurada pela reportagem da Folha de SP e, em nota, informou que realiza uma investigação interna sobre o caso. A nota da Secretaria reforça que o tempo de chegada ao hospital foi de 18 minutos, dentro do parâmetro considerado adequado para o atendimento de urgência.
A queda de Agnaldo Rayol aconteceu durante a madrugada, quando ele tentava ir ao banheiro. O cantor, conhecido por sua voz de barítono e seu repertório romântico, foi especialmente lembrado por suas interpretações de canções italianas, como “Mia Gioconda” e “Tormento d’Amore”, tema da novela “Terra Nostra”, da TV Globo.
Veja nota: “Após apuração das imagens, constatamos que o tempo total — desde a primeira ligação ao SAMU até a saída da ambulância em direção ao hospital — foi de 1h22 minutos.
Durante o período de espera pela ambulância, foi oferecido auxílio telefônico pelo SAMU, pois o cantor apresentava sangramento intenso; segundo a família, foram necessárias três toalhas de banho para conter o sangramento. Abaixo, detalhamos os tempos registrados em cada etapa do atendimento.
A primeira ligação para o SAMU foi feita em 04/11 às 3h30. A ambulância chegou à entrada do edifício às 4h19, ou seja, 49 minutos após a primeira das quatro ligações realizadas. Os profissionais entraram no prédio às 4h22 e, após prestar atendimento, saíram com o cantor na maca às 4h38.
A ambulância fechou suas portas às 4h41 e permaneceu parada no local até as 4h52, totalizando 14 minutos em frente ao edifício antes de seguir para o hospital HSanp, localizado a 1,8 km de distância.
O cantor chegou ao hospital consciente, foi diagnosticado com traumatismo craniano e veio a falecer às 8h30 do mesmo dia. Assessoria Agnaldo Rayol S. Paulo, 09 de novembro de 2024″. (Foto: reprodução redes sociais; Fonte: Veja; Folha de SP)
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