O Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Edson Fachin recusou convite do presidente Jair Bolsonaro (PL) para um encontro na próxima segunda-feira (18). O chefe do Executivo irá receber embaixadores no Palácio da Alvorada para tratar sobre o sistema eleitoral brasileiro.
Por “dever de imparcialidade”, já que preside a Justiça Eleitoral, Fachin informou que não pode comparecer a eventos organizados por candidatos ou pré-candidatos. “Incumbiu-me o Senhor Presidente do Tribunal Superior Eleitoral de agradecer ao honroso convite, mas, na condição de quem preside o Tribunal que julga a legalidade das ações dos pré-candidatos ou candidatos durante o pleito deste ano, o dever de imparcialidade o impede de comparecer a eventos por eles organizados”, respondeu em ofício Fernanda Jannuzzi, chefe do Cerimonial do TSE.
Enviado na última quarta-feira (13), o convite assinado pelo embaixador André Chermont de Lima, chefe do Cerimonial da Presidência da República, não menciona qual é o tema do encontro com os “chefes de missão diplomática”. Mas, em transmissões pela internet, Bolsonaro tem afirmado que pretende apresentar informações a respeito das eleições de 2014 e 2018. Nesta semana, ele revelou a patriotas, no Palácio do Alvorada, que havia recebido mais dados sobre os dois pleitos.
Já o anúncio da reunião com os embaixadores foi feito por Bolsonaro em uma live em 7 de julho. Ele afirmou que convocaria o encontro para falar sobre “como é o sistema eleitoral brasileiro”, com documentos sobre as eleições de 2014 e 2018.
“Será um PowerPoint mostrando tudo o que aconteceu nas eleições de 2014, 2018, documentado, bem como essas participações dos nossos ministros do TSE, que são do Supremo, sobre o sistema eleitoral”, declarou na ocasião. Na última terça-feira (12), o presidente disse que o encontro reunirá “uns 50 embaixadores”.
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