Comandante do Exército visita indústria chinesa de armas

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O comandante do Exército brasileiro, general Tomás Paiva, visita nesta quinta-feira (11) a empresa chinesa de armamentos ‘Norinco’, em Pequim, no contexto de negociações sobre sua participação minoritária na Avibras.

Há um mês, a Norinco enviou uma carta de intenção para adquirir 49% da empresa brasileira, que também está em negociação com o grupo australiano DefendTex, que visa assumir o controle majoritário. Segundo a Folha de São Paulo, os Estados Unidos ameaçaram o Brasil com sanções caso o negócio com a empresa chinesa se concretize.

A Avibras Indústria Aeroespacial atraiu o interesse não apenas dessas duas empresas, mas também de uma terceira, dos Emirados Árabes Unidos. O fechamento do negócio não é esperado para breve, pois envolve outras instituições, como o Itamaraty e o Judiciário. Fundada em 1961 e sediada em São José dos Campos, a Avibras está em recuperação judicial há dois anos.

A Norinco, criada em 1980, fabrica desde drones e mísseis até armas leves e munição. A empresa chinesa expandiu suas atividades para a engenharia civil, com projetos de grande porte em países como Iraque e Croácia, como parte da Iniciativa Cinturão e Rota. A carta de intenção da Norinco chegou às autoridades brasileiras em 13 de junho, após uma desistência temporária do DefendTex.

A Avibras é a principal fornecedora de mísseis e foguetes para o Exército brasileiro e está na fase final de desenvolvimento do Míssil Tático de Cruzeiro (AV-TM 300), que possui precisão de alvo de nove metros e alcance de 300 quilômetros.

A primeira visita de um comandante do Exército brasileiro à China ocorreu há duas décadas. Durante o encontro com Paiva, o Ministério da Defesa chinês relatou que o comandante Dong destacou que, “sob a orientação estratégica dos dois chefes de Estado, as relações sino-brasileiras se tornaram mais maduras e estáveis, servindo de modelo para outras nações”. Dong defendeu “melhorar conjuntamente as capacidades e levar a relação entre os dois exércitos a novos patamares”.

Além do ministro da Defesa, o general Paiva teve audiências com o comandante da força terrestre do Exército de Libertação Popular (ELP) da China e programou visitas à 3ª Divisão de Guardas do ELP e à Universidade de Defesa Nacional, entre outros compromissos em Pequim até a quinta-feira.

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