O ex-comandante da Aeronáutica Baptista Carlos de Almeida Baptista Junior disse, em depoimento à Polícia Federal, que a pressão para aderir ao golpe de Estado proposto por Jair Bolsonaro vinha também de aliados do ex-presidente, como a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).
Nesta sexta-feira (15), o Ministro Alexandre de Moraes retirou sigilo dos depoimentos dos investigados na ‘Operação Veritatis’, segundo ele, após vazamentos de trechos incompletos do material pela imprensa. Clique AQUI para ver o conteúdo divulgado.
Segundo o militar, durante a formatura de aspirantes da Aeronáutica, em 8 de dezembro de 2022, em Pirassununga (SP), Zambelli teria o abordado com a seguinte frase: “Brigadeiro, o senhor não pode deixar o presidente Bolsonaro na mão”, disse ela. “Deputada, entendi o que a senhora está falando e não admito que proponha qualquer ilegalidade”, respondeu o militar.
Baptista Junior disse à PF que reportou o fato ao ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira, que contou ao brigadeiro ter sido abordado por Zambelli de forma semelhante.
No mesmo depoimento, o ex-chefe da Aeronáutica disse que o então comandante do Exército, Freire Gomes, ameaçou Bolsonaro de prisão, se avançasse com o plano de estado de sítio ou de Defesa.
Nas redes sociais, a deputada federal comentou a informação: “Eu não sabia que Generais de alta patente aceitavam pressão de uma deputada de baixo clero. Nossas Forças Armadas já tiveram comandantes melhores. Triste”. Veja abaixo! E mais: Bolsonaro visita região dos Lagos, no Rio, e arrasta multidão. Clique AQUI para ver.
Eu não sabia que Generais de alta patente aceitavam pressão de uma deputada de baixo clero.
Nossas Forças Armadas já tiveram comandantes melhores.
Triste.
— Carla Zambelli (@Zambelli2210) March 15, 2024