EUA alertam: quem se alinhar à China, está ‘cavando a própria cova’

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Horas depois de a China anunciar medidas retaliatórias contra os Estados Unidos, o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, fez duras críticas a países que cogitam se aproximar de Pequim em meio à escalada tarifária iniciada por Washington.

Segundo ele, seguir esse caminho seria desastroso: “Isso seria como cavar a própria cova”, afirmou nesta quarta-feira (9), referindo-se especialmente a nações europeias que avaliam fortalecer relações comerciais com os chineses após a adoção das novas taxas.

Bessent ainda acusou a China de práticas desleais: “Eles não fazem nada além de produzir e produzir, fazem dumping e dumping”, declarou em entrevista ao canal Fox Business.

Enquanto isso, o presidente Donald Trump usou sua rede social Truth para acalmar os cidadãos diante das tensões comerciais: “FIQUE TRANQUILO! Tudo vai dar certo. Os EUA serão maiores e melhores do que nunca!”, escreveu. Ele aproveitou para incentivar o consumo: “ESTE É UM ÓTIMO MOMENTO PARA COMPRAR!!! DJT”, acrescentou.

Mais cedo, Trump já havia publicado outra mensagem, na qual exortava empresas a transferirem suas operações para o território americano. Segundo ele, essa seria uma das vantagens do novo pacote tarifário: “Este é um ÓTIMO momento para transferir sua EMPRESA para os Estados Unidos da América, como a Apple e tantas outras estão fazendo em números recordes. TARIFAS ZERO e conexões e aprovações elétricas/energéticas quase imediatas. Sem atrasos ambientais. NÃO ESPERE, FAÇA AGORA!”

A intensificação do conflito comercial ganhou novo capítulo nesta quarta, quando o Ministério das Finanças da China anunciou uma tarifa de 84% sobre produtos dos EUA, válida a partir de quinta-feira (10). A medida responde às recentes taxas de até 104% impostas pelos americanos sobre mercadorias chinesas.

As novas sobretaxas dos EUA começaram a valer nesta madrugada, somando-se a outras alíquotas já em vigor — uma de 34%, anunciada na semana passada, e outra de 20%, implementada por Trump em fevereiro.

Apesar de afirmar na terça-feira que a China estaria disposta a negociar, o governo chinês demonstrou o contrário com a decisão de aumentar as tarifas. Bessent lamentou a falta de diálogo: “Acho lamentável que os chineses realmente não queiram vir e negociar, porque eles são os piores infratores no sistema de comércio internacional.”

Trump e seus aliados têm reforçado a narrativa de que as tarifas visam proteger a indústria e os trabalhadores americanos, mesmo com críticas vindas de setores do mercado financeiro.

“Tenho orgulho de ser o presidente dos trabalhadores, não dos terceirizadores; o presidente que defende a Main Street, não a Wall Street; que protege a classe média, não a classe política; e que defende a América, não os trapaceiros comerciais ao redor do mundo”, declarou o presidente na terça-feira, durante evento com parlamentares republicanos — discurso que foi reiterado nesta quarta pela assessoria de imprensa da Casa Branca. E mais: Soldada é condenada a dois dias de prisão por vídeo lavando viatura. Clique AQUI para ver. (Foto: PixaBay; Fonte: Folha de SP)

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