Está caro, mas vai piorar

direitaonline



O preço da conta de luz dos brasileiros é motivo de preocupação e, para muitos, uma fonte de indignação. Para piorar, o diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Sandoval Feitosa, anunciou nesta segunda-feira (22.jan.2024) um incremento de 5,6% nas tarifas de energia elétrica para este ano, ultrapassando significativamente a projeção do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), estimado em 3,9%. Uma notícia que deixa a população, já sobrecarregada por diversos aumentos de preços, em estado de alerta.

Feitosa justificou a previsão, mencionando o aumento da rede de energia como resultado da “expansão natural” do país e os chamados “encargos setoriais”, definidos pelo governo e pelo Congresso Nacional. No entanto, a justificativa parece não ser suficiente para acalmar a indignação dos consumidores, que já enfrentam desafios econômicos significativos.

Em entrevista à CNN, o diretor-geral foi questionado sobre o impacto das fortes chuvas recentes, que deixaram parte da população de estados como São Paulo e Rio Grande do Sul sem energia elétrica. Feitosa assegurou que, em casos de interrupção no fornecimento, os consumidores serão ressarcidos e as empresas responsáveis sofrerão multas administrativas. No entanto, a garantia de ressarcimento não ameniza a revolta diante de um aumento constante nas tarifas.

Ao longo dos últimos anos, a Aneel aplicou multas consideráveis às empresas responsáveis pelos serviços de distribuição. Feitosa destacou que a agência reguladora tem agido com rigor e cobrado ações das empresas, resultando em penalidades expressivas.

Na entrevista, o diretor também falou sobre o peso do subsídio a setores da sociedade e que acabam encarecendo a conta dos demais consumidores. “Para se ter uma ideia, nesse período o custo de distribuição cresceu 95%, os encargos setoriais cresceram 269%”, revelou. Assista abaixo! (Foto: Agência Brasil/ Fonte: Poder360; CNN)

Gostou? Compartilhe!
Next Post

Para Mercadante, é impossível reerguer a indústria nacional se não tiver a mão do estado

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante (PT), argumentou nesta segunda-feira (22) que não há como reerguer a indústria brasileira sem uma nova relação entre Estado e mercado. Entretanto, é importante observar que ao longo da história, vários países alcançaram sucesso industrial sem depender […]