Membros da equipe de transição de Lula já falam em taxar empresas de comunicação, como Google, Facebook e Netflix. A ideia foi citada pelo ex-ministro de Dilma Roussef, Paulo Bernardo, que integra agora a equipe de transição petista. Ele conversou com jornalistas nessa segunda-feira (14), em Brasília.
Ele revelou que há discussões no grupo de transição para que o novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avance nas tributações de empresas gigantes de comunicação, como Google, Facebook e Netflix.
Bernardo usou como exemplo a taxação feia a essas empresas na Europa para validar sua ideia. “As empresas de tecnologia não recolhiam imposto nenhum” em território europeu. “Fez uma política de tributação das gigantes, o Google, Facebook, e todo mundo agora paga. Acho que temos que avaliar aqui no Brasil como está isso, se é viável, se podemos”, disse.
No entendimento de Bernardo, não é viável que uma empresa de telecomunicação, seja ela grande ou pequena, pague até 40% de impostos enquanto as ‘gigantes’ citadas por ele “não contribue”. Paulo exemplificou seu entendimento ao citar a Netflix e ressaltou que uma empresa de TV por assinatura é obrigada a pagar “um imposto danado”, além das despesas com infraestrutura, enquanto o serviço de streaming “não paga nada”.
“Acho que isso teria que ser pensado. Não vamos dar solução porque não é a tarefa, mas apontar ideias”, pontuou, sem explicar se, em sua visão, essas empresas repassariam os custos da tributação ao consumidor, deixando o serviço mais caro e impedindo consumidores mais pobres de adquiri-lo, como fazem todas as companhais que passam a ser taxadas pelo Estado. Seja grande ou pequena.
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