Empresa recria filhotes de lobo extinto há 10 mil anos usando DNA de fósseis

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A Colossal Biosciences, empresa norte-americana especializada em biotecnologia, revelou nesta segunda-feira (7) um feito inédito: o renascimento do lobo-terrível, espécie que desapareceu há cerca de 10 mil anos.

Segundo a companhia, três filhotes foram gerados com base em DNA antigo, extraído de fósseis com datações entre 11,5 mil e 72 mil anos. Os novos animais, batizados de Rômulo, Remo e Khaleesi, representam o que a empresa chama de “primeira desextinção” bem-sucedida.



Conhecido por seu papel simbólico na série Game of Thrones, o lobo-terrível serviu como inspiração para os animais da casa Stark. Embora se assemelhassem a lobos cinzentos ou chacais, esses predadores extintos seguiam uma linhagem evolutiva única, com porte mais robusto e traços físicos distintos.

A Colossal utilizou uma abordagem inovadora para trazer a espécie de volta. Em vez de recorrer à clonagem direta de tecidos fossilizados, os cientistas captaram células-tronco do sangue de um lobo-cinzento moderno e realizaram alterações em 14 genes principais.



Essas modificações buscaram reproduzir características marcantes do animal extinto, como mandíbulas poderosas, pernas musculosas e um tipo específico de vocalização. O material foi então implantado em óvulos preparados para gestação e desenvolvido em cadelas de grande porte.

“Este momento marca não apenas um marco para nós como empresa, mas também um salto para a ciência, a conservação e a humanidade”, declarou a Colossal em publicação feita na rede social X (antigo Twitter).



Apesar do entusiasmo da empresa, cientistas que atuam com sequenciamento genético ponderam que o processo ainda está longe de representar o ressurgimento literal de uma espécie. O artigo científico sobre a experiência ainda não foi publicado ou avaliado por outros especialistas. Segundo a revista Time, “o feito da Colossal não envolveu a recriação integral do DNA do lobo terrível (Aenocyon dirus), mas sim a edição genética do material de lobos modernos”.

Na prática, os animais apresentados seriam híbridos geneticamente modificados, e não cópias exatas do lobo-terrível original. Mesmo assim, os filhotes vivem atualmente em um centro de preservação da fauna selvagem nos EUA e têm despertado atenção da comunidade científica e do público.



A Colossal foi fundada em 2021 com a missão ambiciosa de trazer de volta espécies extintas, como os mamutes-lanosos. A proposta é de que esses animais possam, de alguma forma, restaurar o equilíbrio ambiental em regiões como a tundra. Desde então, a empresa já levantou bilhões de dólares e hoje é avaliada em cerca de US$ 10 bilhões (R$ 58 bilhões).

Com o uso da tecnologia CRISPR — ferramenta conhecida como “tesoura genética” — a Colossal pretende liderar uma nova era da biotecnologia, na qual espécies extintas possam voltar a caminhar pela Terra, ainda que em versões adaptadas ao presente. Veja mais a seguir!

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