Indígenas do baixo rio Tapajós, no oeste do Pará, fizeram um protesto contra o projeto da Ferrogrão. No ato, um indígena kumaruara esfregou tinta de urucum no rosto de seis homens e uma mulher que estavam sentados na primeira fileira de um auditório da Ufopa (Universidade Federal do Oeste do Pará), em Santarém (PA). Um deles se levantou irritado com o gesto.
O ato ocorreu nesta terça-feira (7), primeiro dia de um evento promovido pelo Ministério dos Transportes em Santarém. O evento é um “seminário técnico sobre viabilidade dos aspectos socioambientais da ferrovia EF-170 (Ferrogrão)”, como divulgou a pasta.
O vídeo foi postado nas redes sociais de indígenas kumaruaras e do Conselho Indígena do Território Kumaruara.
Conforme a postagem, o gesto de passar a tinta de urucum no rosto de participantes não indígenas do evento, de forma incisiva, foi um manifesto de “oposição veemente” à ferrovia, considerada um “plano de extermínio”. Entre as pessoas que são alvos diretos do protesto está o representante de associação de terminais portuários da região amazônica.
➡️Indígenas da aldeia Muruary, do Baixo Tapajós, realizaram um protesto na tarde desta terça-feira (7/5) durante um seminário sobre a viabilidade da ferrovia EF-170, a Ferrogrão, que aconteceu em Santarém, no Pará. Os manifestantes do Baixo Tapajós, que é lar de 14 diferentes… pic.twitter.com/rtgVs0OnUb
— Metrópoles (@Metropoles) May 8, 2024
A Ferrogrão é um projeto que corta pontos da amazônia, num percurso de quase 1.000 km. A obra é um pleito de grandes empresas do agronegócio, por ser fundamental para o setor. A ferrovia conectaria Sinop (MT), região de forte produção de grãos, especialmente soja e milho, ao porto de Miritituba (PA), no rio Tapajós. E mais: Governo Lula dispensa ajuda do Uruguai, solicitada pelo Rio Grande do Sul. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: Folha de SP)