Durante palestra em Salvador (BA), nesta sexta-feira (25), o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso afirmou que não adianta ao povo recorrer a quarteis, sobre a vitória de Lula (PT).
“Eles têm repetido que Supremo é o povo. E é isso mesmo. Soberania popular significa a supremacia da vontade do povo, que se manifesta nas eleições. […] O resultado tem que ser respeitado. Não adianta apelar para quartéis e não adianta apelar para seres extraterrestres. Isso é antidemocrático”, disse Barroso.
Sobre “extraterrestres”, Barroso se refee a uma notícia distorcida pela imprensa de que brasileiros em Porto Alegre usaram lanternas de celulares apontadas para cima, formando a frase “SOS FA [Forças Armadas]”. A partir desse fato, parte da imprensa e nas redes sociais começou-se a afirmar, mentirosamente, que “bolsonaristas pedem ajuda de extraterrestres”.
O evento “I Fórum de Cidadania Política – pensando o futuro da democracia no Brasil” ocorreu na sede do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), na capital baiana.
O encontro contou a apresentação de alunos do Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (Neojiba) e com a participação do presidente do TRE-BA, o desembargador Roberto Maynard Frank. Em sua participação, Barroso ganhou a medalha do mérito eleitoral.
“Perdeu, mané”
O Ministro também relembrou o episódio em que respondeu “Perdeu, mané, não amola” a um brasileiro que o questionou sobre o código-fonte das urnas eletrônicas: “Eu humanamente perdi a paciência. Gostaria de dizer que só perdi a paciência depois de três dias, em que uma horda de selvagens andava atrás de mim, me xingando de todos os nomes que alguém possa imaginar”, afirmou.
N a palestra, Barroso disse que na democracia sempre haverá oposição, no entanto, ela não pode ser na base do ódio e da agressão: “As pessoas perderam o limite da civilidade movidas pelo ódio. É isso que precisamos desfazer no Brasil. [Temos] o direito de discordar, mas sem o ódio, sem a ofensa, sem a agressão”, pontuou.
Mas pediu “respeito” a quem votou “em um candidato”: “Mas eu, como todas as pessoas, tenho o maior respeito e consideração pelos 58 milhões de pessoas que votaram em um candidato. Porque, como eu disse antes, a democracia não é um modelo de ‘alguns’, é o governo de todos e, portanto, todos merecem respeito e consideração, mas os humanos têm o direito de perder a paciência em alguns momentos da vida”, disse.
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