Em mensagem de Ano Novo na TV, rainha da Dinamarca abdica do trono

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Rainha da Dinamarca por 51 anos, Margrethe II, de 83 anos, surpreendeu o povo dinamarquês ao anunciar, em seu discurso de Ano-Novo na noite de 31 de dezembro, sua decisão de abdicar do trono a partir de 14 de janeiro. Nessa data, completar-se-ão exatos 52 anos desde que assumiu o posto. A monarca será sucedida por seu primogênito, o príncipe Frederik.

Filha do rei Frederik IX e da rainha Ingrid, Margrethe ascendeu ao trono em 14 de janeiro de 1972, tornando-se a rainha mais longeva da Europa desde a morte da rainha Elizabeth II, da Inglaterra. Alguns a consideram também a monarca com o reinado mais longo do mundo, sendo superada apenas pelo sultão do Brunei, cujo país alcançou independência em 1984. Margrethe II é o segundo monarca mais antigo da história dinamarquesa, perdendo apenas para o rei Cristiano 4, da Dinamarca e da Noruega, que ocupou o trono por 60 anos.

A abdicação, que pegou muitos de surpresa, foi justificada pela rainha em seu discurso, mencionando uma operação nas costas realizada com sucesso em fevereiro deste ano, que a levou a refletir sobre o futuro e decidir que era o momento certo para passar a responsabilidade para a próxima geração.

Na Dinamarca, como na maioria das monarquias parlamentaristas, a realeza não se envolve em política partidária, representando a nação em eventos formais de Estado. A governança efetiva é conduzida pelo parlamento e pelos políticos que formam o poder Legislativo.

Em 2022, a rainha enfrentou controvérsias ao retirar títulos reais de quatro de seus oito netos, uma decisão tomada para permitir que os herdeiros levassem vidas normais, seguindo uma tendência de mudanças em outras casas reais.

Carinhosamente conhecida como Daisy, Margrethe II é reconhecida por seus hábitos de fumar, pela resistência aos celulares e à internet, declarando-se “muito feliz” sem eles. Durante seu reinado, a rainha manteve sua atividade como artista e mostrou um amor pelas artes. Com passagem pelo Reino Unido, estudando no Girton College de Cambridge e na London School of Economics, ela também é conhecida por seu tradicional discurso transmitido pela televisão na véspera de Ano Novo.

Futuro Rei
Frederico André Henrique Cristiano, em dinamarquês: ‘Frederik André Henrik Christian’, nasceu em Copenhague, a 26 de maio de 1968. É o filho mais velho da rainha Margarida II da Dinamarca e de seu marido, o príncipe consorte e conde Henrique de Laborde de Monpezat, sendo o futuro monarca da Dinamarca.

Frederico é o príncipe herdeiro do país desde seus três anos de idade, quando sua mãe ascendeu ao trono em 1972. É por parte de sua mãe um pentaneto da rainha Vitória do Reino Unido.

Durante os Jogos Olímpicos de Verão de 2000, na Austrália, Frederico conheceu a plebeia australiano ‘Maria Donaldso’n’, em um bar. Ela só soube que ele era membro da realeza no dia seguinte. Eles se casaram em 2004 na Catedral de Copenhague.

Desde então, o casal teve quatro filhos: o príncipe Cristiano (primeiro na linha de sucessão), a princesa Isabel e os gêmeos príncipe Vicente e a princesa Josefina. Atualmente a família reside no Palácio de Amalienborg, onde foi educado quando novo.

O casamento com Maria gerou uma situação inédita para a Austrália, que é uma monarquia pertencente ao Reino Unido e tem como soberano Charles III (que substituiu a Rainha Elizabeth), mas agora terá uma rainha consorte na Dinamarca.

O príncipe infeliz
O marido da ainda Rainha da Dinamarca foi o ‘príncipe Henrique’, também conhecido como o ‘príncipe infeliz’. Esposo da rainha Margarida, o nobre de origem francesa nunca escondeu a insatisfação por ter tido negado o título de rei desde que a esposa assumiu o trono do país nórdico, em 1972. Ele faleceu em 2018.

Uma das maiores polêmicas em que se envolveu é recente: em 2017, frustrado por ter o título real de príncipe, e não de rei consorte, anunciou que não queria ser enterrado ao lado da esposa, que aceitou a decisão.

Casal Imperial
Por falar em Realeza, uma atualização sobre o príncipe ‘Dom Bertrand’, chefe da Casa Imperial do Brasil: em dezembro, o descendente direto de ‘Dom Pedro ‘I teve almoço com o Cônsul-Geral do Reino da Espanha em São Paulo, ‘D. Pablo Montesino-Espartero Velasco’, o 6º Duque da Vitória.

A ‘Casa Imperial’ é a associação que reúne os membros da Família Imperial do Brasil, suas tradições e propõe análises sobe a situação do Brasil e a restauração da monarquia no Brasil por meio de um novo plebiscito.

Ambos conversaram sobre o presente e futuro do Brasil e da Espanha, cujas relações diplomáticas vêm desde 1834, nos reinados do Imperador Dom Pedro II e da Rainha Dona Isabel II da Espanha.

Dom Bertrand e Dom Filipe VI, hoje Rei da Espanha, são primos de segundo grau, sendo seus ancestrais comuns mais recentes o Príncipe Dom Afonso de Bourbon-Sicílias, Conde de Caserta, Chefe da Casa Real das Duas Sicílias de 1894 até seu falecimento, em 1934, e a Princesa Dona Maria Antonieta de Bourbon-Sicílias.

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Fontes: Veja; BBC; Casa Imperial
Foto: reprodução vídeo

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