Elon Musk sugere sanções contra Alexandre de Moraes nos EUA

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Um dos homens mais influentes do planeta, agora também parte do governo de Donald Trump, Elon Musk reacendeu sua ofensiva contra Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por meio das redes sociais.

As postagens de Musk sugerem a possibilidade de represálias econômicas vindas dos Estados Unidos contra Moraes.
O dono do X questionou: “Doesn’t De Moraes own property in America?” [Moraes não possui propriedade na América?].



A provocação surgiu em resposta a um usuário que discutia punições ao ministro Alexandre de Moraes, como o congelamento de bens que ele eventualmente tenha em solo americano.

O comentário foi motivado por um discurso do juiz na segunda-feira, 24, a estudantes de direito da Universidade de São Paulo (USP), onde ele vinculou as redes sociais a práticas totalitárias e criticou as gigantes da tecnologia.



“As big techs não são neutras, mas instrumento de grupos econômicos que querem dominar a economia e a política mundial, ignorando fronteiras, ignorando a soberania nacional de cada país, ignorando legislações, para terem poder e lucro”, declarou Moraes.

Musk foi além e, em outra postagem, sugeriu que o ministro estaria “tentando esconder seus bens”, reagindo a uma alegação de que Moraes teria retirado seu dinheiro dos EUA. O comunicador Paulo Figueiredo, afetado por decisões do magistrado, respondeu ao homem mais rico do mundo:

“Ele não precisa ter [propriedade nos Estados Unidos]. Uma vez que ele seja incluído na lista SND do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, todas as instituições financeiras imediatamente fecham a conta bancária dele, inclusive no Brasil, para que não sejam alvo de sanções secundárias. O presidente Trump pode fazer isso a qualquer momento, a seu critério, através da Lei Magnitsky”.



Musk retrucou: “Interessante”. O post de Paulo Figueiredo foi removido posteriormente, em resposta à ordem de Moraes de banir suas publicações.

A lei citada permite sanções a indivíduos acusados de corrupção ou violações de direitos humanos, enquanto a lista SND bloqueia ativos e proíbe transações com americanos.



O embate extrapolou as redes. Na sexta-feira, 21, Moraes exigiu que a plataforma de vídeos Rumble nomeasse um representante legal no Brasil em 48 horas e regularizasse sua situação, sob pena de bloqueio — medida que se concretizou por descumprimento.

No sábado (22), Rumble e Trump Media pediram uma liminar na Justiça da Flórida contra o ministro. No mesmo dia, ele desativou sua conta no X, algo confirmado pelo STF, que informou que o perfil estava inativo desde janeiro de 2024. O confronto expõe tensões entre soberania nacional e pressões internacionais. (Foto: Ministério das Comunicações; Fontes: Metrópoles; Estadão)



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