Elon Musk, em uma publicação no X na noite desta sexta-feira (14), revelou planos ambiciosos para o foguete Starship: uma missão a Marte está programada para o fim de 2026, levando inicialmente a bordo o robô humanoide Optimus, desenvolvido pela Tesla.
“A Starship parte para Marte no final do ano que vem, levando o Optimus. Se esses pousos forem bem, os pousos humanos podem começar já em 2029, embora 2031 seja mais provável”, declarou o bilionário. O anúncio coincidiu com o 23º aniversário da SpaceX, celebrado no mesmo dia.
O Optimus, também chamado de Tesla Bot, é um projeto em andamento desde 2021, quando foi apresentado como conceito. Em 2022, Musk exibiu um protótipo e destacou seu potencial, afirmando que o robô “tem o potencial de ser mais significativo do que o negócio de veículos [da Tesla] ao longo do tempo”.
Já a Starship, com quase 122 metros de altura e 9 metros de diâmetro, é o maior foguete já construído, capaz de gerar 7.590 toneladas de força no lançamento e projetado para transportar até 100 pessoas em viagens interplanetárias.
Os planos da SpaceX para a nave vão além de Marte. A empresa mira a participação na missão Artemis III da Nasa, prevista para setembro de 2026, que levará humanos à Lua pela primeira vez desde 1972. Além disso, a Starship deve viabilizar viagens turísticas lunares e a construção de uma base na superfície do satélite.
Na Terra, Musk aposta em usar o foguete para transporte rápido entre cidades, com voos de menos de uma hora. O grande sonho do bilionário, porém, é colonizar Marte, estabelecendo uma população de até 1 milhão de pessoas em uma colônia autossustentável.
Apesar das metas ousadas, a Starship enfrenta desafios. No início deste mês, durante seu oitavo teste, a nave explodiu, marcando a segunda falha consecutiva em 2024 e interrompendo o tráfego aéreo.
Para superar essas dificuldades, a SpaceX trabalha em duas novas versões do foguete, as chamadas Starship 2 e 3, mais potentes, reutilizáveis e com capacidade ampliada para até 250 toneladas (se descartáveis) ou 150 toneladas (reutilizáveis). Essas melhorias visam reduzir a necessidade de reabastecimentos em órbita e tornar viáveis as missões frequentes à Lua e a Marte.