Na tarde deste domingo (7), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) discursou durante manifestação no ‘7 de Setembro’, na Avenida Paulista, em São Paulo, em defesa do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ato, que reuniu milhares de apoiadores, teve como foco principal críticas à atuação de Moraes e o que foi classificado por Eduardo como abusos contra a liberdade de expressão e perseguição política.
Eduardo Bolsonaro iniciou seu discurso apontando que sua situação se diferencia da dos presos políticos por não ter tido “tempo de Alexandre de Moraes me pegar”. Ele ressaltou que já foi selecionado como alvo de investigações, mas conseguiu evitar ser preso. “Graças ao meu bom Deus, não conseguiu me colocar na cadeia e eu pude prevenir e alertar a todos sobre essa maldade contra mim, uma pessoa inocente”, afirmou.
O deputado usou boa parte de seu pronunciamento para criticar o comportamento que, segundo ele, Moraes tem adotado nas decisões judiciais. Ele fez menção a diversos casos envolvendo opositores do governo atual que foram presos ou perseguidos. “(Moraes) capaz de jogar velhinhas na cadeia por anos apenas por capricho pessoal. Um psicopata é capaz de separar uma mãe dos seus filhos sem qualquer remorso”, disse, referindo-se à ativista Débora Rodrigues dos Santos.
Eduardo também lembrou o caso de Clesão, preso do ‘8 de Janeiro’ que faleceu na prisão. Em um gesto de solidariedade, Eduardo pediu uma salva de palmas para as filhas e a viúva, que estavam presentes no evento.
Durante seu discurso, o parlamentar reforçou o papel do X (antigo Twitter) como uma ferramenta essencial para denunciar abusos de poder, sugerindo que o bloqueio da rede social ordenado por Moraes visa sufocar a liberdade de expressão. “Seria porque o X é uma ferramenta poderosa para denunciar para o Brasil e o mundo todos esses abusos, excessos e ilegalidades”, questionou.
Eduardo prosseguiu. “Ele [Moraes] usou essa espada para calar vozes dissidentes, forçando muitos ao exílio”, afirmou, referindo-se a comunicadores conservadores que se mudaram para o exterior. Ele mencionou ainda veículos de imprensa tradicionais que, segundo ele, foram alvos de censura por parte de Moraes, como a Folha de S.Paulo e a Jovem Pan.
Ao final do discurso, Eduardo Bolsonaro fez um apelo a favor de quatro bandeiras: o fim da perseguição e das prisões políticas, anistia para os presos do ‘8 de Janeiro’, encerramento de inquéritos derivados do “inquérito do fim do mundo” e o impeachment de Alexandre de Moraes.
“Alô, Brasil! Só assim podemos pôr fim a uma série de maldades que vêm sendo cometidas em nome da democracia. A lei deve ser instrumento de justiça, não a espada de um psicopata”, finalizou.
Com fortes críticas ao STF e apoio declarado ao seu pai, Jair Bolsonaro, Eduardo encerrou com um chamado à união dos brasileiros em torno dos valores “Deus, Pátria, Família e Liberdade”. Clique AQUI para assistir na íntegra, no Youtube.
