O economista e ex-presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, fez duras críticas ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante sua participação no programa Canal Livre, que será exibido neste domingo (29), na BandNews TV.
Colunista da Rádio Bandeirantes e da BandNews, Rabello comparou Haddad a um “excelente dentista”, ao comentar sobre a derrubada do aumento do IOF pelo Congresso Nacional.
“Fernando Haddad como ministro tem se comportado como um excelente dentista Fernando, porque ele deve estar em outra profissão menos aquela de gestor público e de cumprir a finalidade principal de um Ministério da Fazenda de um país cujo governo é cronicamente gastador, que é dizer não, ser um grande controlador, inclusive um orientador daquilo que são as pautas enviadas ao Congresso”, afirmou o economista.
Segundo ele, o titular da Fazenda não tem liderado a agenda econômica e reage tardiamente aos movimentos do Legislativo: “Ele está sempre, como a gente costuma dizer, atrás da curva. Ele está sempre atrasado em relação aquilo que o Congresso está pensando e isso é muito ruim, o ministro é que tem que pautar”.
Questionado sobre o que esperaria de uma postura mais firme por parte de Haddad, Rabello sugeriu que o ministro adote uma postura semelhante à do economista Eugênio Gudin, que ocupou o mesmo cargo no passado.
“O ministro tem que ter emocionalmente a disponibilidade da demissão ad nutum, como se diz. Acho que ele fica mais poderoso quando ele se sente disponível para estar ou não estar. Não é o caso do Fernando Haddad”, declarou.
Além da crítica à atuação política de Haddad, Rabello também comentou sobre a taxa de juros no Brasil, que considera excessivamente alta. Para ele, o atual modelo monetário não está surtindo os efeitos esperados na economia e o sistema bancário contribui para a distorção.
“Temos o maior juro do mundo e o sistema bancário agrava isso porque tem 20% ao mês. Por isso eu lancei uma ideia aqui, meio inovadora, de um breque monetário. Que no fundo é a ‘freada do bom senso’. Exemplo: vamos chamar esse veneno de remédio. E esse remédio monetário que está sendo utilizado não está fazendo efeito. Num hospital, o médico percebe que há uma resistência do organismo do sujeito para aquele remédio e decide brecar. E busca utilizar um outro medicamento! Então, o breque monetário é para entrar em campo o breque fiscal”, explicou.
O episódio do Canal Livre com Paulo Rabello de Castro vai ao ar neste domingo (29), às 20h na BandNews TV, e, mais tarde, será exibido também na tela da Band, após o Programa do João. O programa abordará o atual cenário econômico do Brasil, desafios fiscais e propostas alternativas à condução da política econômica. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: Band)
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