Dólar dispara e atinge R$ 5,51 após fala de Lula sobre corte de gastos

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O dólar apresentou uma alta de 1,16%, encerrando a quarta-feira (26) cotado a R$ 5,518, seu maior valor nominal desde 18 de janeiro de 2022, em uma sessão marcada pela valorização generalizada da moeda americana frente a outras divisas globais. Esse movimento foi impulsionado por declarações de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a situação fiscal do Brasil.

Na manhã desta quarta-feira em entrevista ao portal UOL, o petista colocou em dúvida a necessidade de cortes de gastos para melhorar o equilíbrio fiscal do governo, afirmando que seria necessário avaliar se a questão poderia ser resolvida por meio de um aumento na arrecadação.

“O problema não é que tem que cortar. O problema é saber se precisa efetivamente cortar ou se precisa aumentar a arrecadação”, afirmou o presidente em entrevista ao UOL.

Lula acrescentou que seu governo está analisando se há “gasto exagerado”, mas que isso está sendo feito “sem levar em conta nervosismos do mercado”. Assista a seguir!

 

O desempenho do real também foi pressionado por um movimento no exterior. A maioria das principais moedas do mundo registrou queda em relação ao dólar, mas a moeda brasileira teve o pior desempenho.

No cenário internacional, os rendimentos dos títulos de dez anos do Tesouro americano registraram forte alta, ainda sob o impacto de comentários mais rígidos de uma diretora do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) sobre o futuro da política de juros dos Estados Unidos. Além disso, há cautela no mercado antes da divulgação de novos dados de inflação dos EUA, prevista para sexta-feira (28).

Essa situação também pressionou a Bolsa brasileira durante boa parte do dia, mas o Ibovespa conseguiu engatar uma alta e fechar a sessão com um avanço de 0,25%, aos 122.641 pontos.

No Brasil, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) desacelerou para 0,39% em junho, após registrar 0,44% em maio, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (26).

O resultado deste mês ficou abaixo da mediana das expectativas do mercado financeiro. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam uma nova variação de 0,44% em junho. Em 12 meses, porém, o IPCA-15 ganhou força e acumulou uma inflação de 4,06%, segundo o IBGE. Nesse recorte, a taxa era de 3,70% até maio. E mais: STF define quantidade de maconha para diferenciar usuário de traficante: 40 gramas. Clique AQUI para ver. (Foto: Palácio do Planalto; Fonte: Folha de SP)

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