Dólar sobe de novo e encerra semana beirando R$ 5,60

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O dólar teve uma forte alta de 1,50% nesta sexta-feira (28), encerrando o dia cotado a R$ 5,5906. Este fechamento marca o maior valor nominal da moeda americana desde janeiro de 2022, em um dia caracterizado por volatilidade no mercado local e preocupações persistentes sobre o cenário fiscal do Brasil.

No último dia útil do mês, o mercado financeiro assistiu a uma intensa disputa pela formação da Ptax, taxa de câmbio calculada pelo Banco Central e utilizada como referência para a liquidação de contratos futuros.

Agentes financeiros costumam tentar direcionar a Ptax a níveis mais convenientes para suas posições compradas (aposta na alta) ou vendidas (aposta na baixa) em dólar, o que contribuiu para manter a moeda americana em alta desde o início do dia, apesar da queda do dólar no mercado externo.

Enquanto a maioria das moedas emergentes, como o rublo russo e o peso chileno, registraram valorização frente ao dólar, o real teve o pior desempenho, tanto entre as emergentes quanto entre as principais moedas do mundo.

Além disso, os ataques do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Banco Central (BC) e seu presidente, Roberto Campos Neto, continuam a pesar negativamente sobre os ativos locais.

Em entrevista à rádio FM ‘O Tempo’ de Minas Gerais, Lula criticou o atual patamar da taxa Selic, fixada em 10,50% ao ano, considerando-a “irreal” diante de uma inflação controlada. Ele também lembrou que Campos Neto foi indicado pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e afirmou que o presidente do BC “não está fazendo o que deveria ter feito corretamente”.

No final da manhã, Campos Neto rebateu, afirmando que ajustes fiscais focados em aumento de receita são menos eficientes e podem resultar em menor investimento, crescimento econômico reduzido e inflação mais alta. Ele destacou que a desconfiança sobre as contas públicas impacta os juros de longo prazo e as expectativas de inflação. Veja abaixo! (Foto: Pixa Bay; Fonte: Folha de SP)

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