Nesta sexta-feira (13), o dólar encerrou o dia em alta de 0,29%, cotado a R$ 6,028, em meio às incertezas relacionadas à tramitação do pacote fiscal no Congresso Nacional. A moeda norte-americana começou o pregão em queda, mas rapidamente mudou de direção e atingiu a máxima de R$ 6,077. Clique AQUI e APOIE nosso trabalho.
A reação do Banco Central (BC) veio com um leilão surpresa às 14h40, no qual foram vendidos US$ 845 milhões dos US$ 1 bilhão ofertados. Essa intervenção conseguiu conter parte da valorização do dólar. A última operação semelhante havia ocorrido em 30 de agosto, embora na quinta-feira o BC tenha realizado intervenções no mercado de câmbio, somando US$ 4 bilhões com compromisso de recompra.
Enquanto isso, a Bolsa de Valores operava em queda acentuada. Por volta das 17h15, o índice Bovespa registrava recuo de 0,94%, aos 124.854 pontos. A apreensão em relação ao pacote de medidas econômicas do ministro Fernando Haddad (Fazenda) e à trajetória das contas públicas continua sendo o principal fator que afeta o humor dos investidores.
Com o recesso de fim de ano do Congresso se aproximando, o governo corre contra o relógio para aprovar o pacote fiscal antes do encerramento das atividades legislativas. A piora nas condições financeiras, como a alta do dólar, reforça a cautela do mercado em relação à aprovação do projeto.
Também nesta sexta, o BC divulgou o índice IBC-Br, uma prévia do PIB, que registrou leve alta de 0,1% em outubro na comparação com setembro. O resultado surpreendeu positivamente, já que a projeção da Reuters era de queda de 0,2%.
Outro destaque da semana foi a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que, na quarta-feira (11), anunciou um aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic, elevando-a para 12,25% ao ano. O colegiado ainda sinalizou a possibilidade de mais dois aumentos da mesma magnitude nas próximas reuniões, o que poderia levar a taxa básica de juros para 14,25% até março de 2025.
Esse movimento agressivo nas taxas de juros impulsionou a alta nas curvas de juros futuros. Nesta sessão, os contratos de curto e médio prazo apresentaram forte valorização: o DI com vencimento em janeiro de 2026 subiu para 14,88%, enquanto o DI de janeiro de 2027 avançou para 15,05%.
Já o DI de janeiro de 2029 disparou para 14,85%, reforçando as expectativas de uma política monetária mais rígida no curto prazo.Clique AQUI e APOIE nosso trabalho. Clique AQUI e APOIE nosso trabalho. (Fonte: Folha de SP; Fonte: Folha de SP)