Dólar dispara a R$ 5,65 e alcança a 2ª maior cotação do ano

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O dólar avançou com força sobre o real nesta quarta-feira (24), subindo mais de 1% e rompendo a barreira dos R$ 5,60, à medida que a queda no preço de commodities e a recuperação do iene prejudicaram o apetite por moedas de mercados emergentes. O Euro manteve o valor de ontem (23), fechando a R$ 6,13.

Esta é a segunda maior cotação de fechamento do dólar em 2024, abaixo apenas dos R$ 5,6665 de 2 de julho.
O dólar comercial saltou 1,27% no dia, fechando hoje (24) a R$ 5,656 na compra e a R$ 5,657 venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento (DOLc1) disparou 1,25%, a 5.661 pontos.

Na terça-feira (23), o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,588 na venda, em alta de 0,34%. No mês, o dólar acumula alta de 1,18%.

 

 

No cenário brasileiro, o mercado continuou a avaliar o relatório de receitas e despesas do governo, divulgado na segunda (22), que deu mais clareza sobre as contas públicas do país.

Uma segunda explicação no mercado interno para a alta da moeda americana está na queda das commodities. Produtos básicos como minério de ferro estão com preço caindo. Como o Brasil é exportador desses produtos — principalmente para a China —, entram menos dólares no país por conta disso. “Existe uma expectativa de crescimento menor da China”, explica Sergio Brotto, diretor executivo da Dascam Corretora de Câmbio, ao portal UOL.

Há seis dias (úteis) consecutivos o dólar sobe. Desde 16 de julho, a moeda acumula alta de 3,82%, considerando a Ptax para venda, segundo a Elos Ayta. A PTax é a taxa de referência média diária, calculada pelo Banco Central ao meio-dia. Dos 18 dias úteis de julho, o dólar caiu em seis e subiu em 12, diz a consultoria.

E há problemas vindos também do Japão. O banco central japonês vem valorizando o iene, a moeda local. “Então, quem tomou recursos nessa moeda para aplicações está retornando a investir no Japão”, explica Brotto. Isso prejudica principalmente moedas emergentes, como o real.

A alta do dólar tem relação direta com o ritmo da inflação. Com a escalada da moeda, o risco do Brasil acabar fugindo das metas de inflação aumenta, o que, por sua vez, pressiona o Banco Central para subir a taxa Selic. E mais: Governo lança programa ‘Voa Brasil’. Clique AQUI para ver. (Foto: PixBay; Fontes: G1; UOL; Info Money)

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