Dólar vai a R$ 5,76, maior valor desde março de 2021

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O dólar teve uma valorização de quase 1% em relação ao real nessa terça-feira (29), diante de preocupações com a situação fiscal do Brasil e também com a alta global da moeda americana, impulsionada pelo clima de apreensão causado pelas eleições presidenciais nos Estados Unidos.

Logo no início das negociações, a moeda americana já mostrava tendência de alta frente ao real, com os investidores se preparando para a divulgação de dados importantes nos próximos dias, como os índices de emprego e inflação tanto no Brasil quanto nos EUA.




O dólar à vista encerrou o dia com uma elevação de 0,95%, negociado a R$ 5,7625. No acumulado de outubro, a moeda já registra um aumento de 5,75%. Na B3, às 17h03, o contrato futuro da moeda com vencimento mais próximo (DOLc1) subia 0,91%, cotado a R$ 5,7645 para venda. Enquanto isso, a Bolsa caiu 0,37% e voltou a ficar abaixo dos 131 mil pontos.

Pela manhã, o Banco Central do Brasil vendeu a totalidade dos 14.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão para rolar o vencimento de 2 de dezembro de 2024. A falta de ações do governo de Luiz Inácio Lula da Silva para controlar o déficit primário também pressionava o valor do dólar e das taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs).




Durante a tarde, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou que o conjunto de medidas para contenção de gastos “ainda está em análise e não tem data para divulgação”. Segundo Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora, “o governo falou que iria anunciar (as medidas de contenção de despesas) depois do segundo turno. Mas ainda não anunciou e o mercado fica ansioso”.




O dólar chegou a uma mínima de R$ 5,6977 (-0,19%) às 11h22, mas, após as declarações de Haddad em Brasília, a cotação escalou até atingir a máxima de R$ 5,7683 (+1,05%) por volta das 16h24, ainda sem sinais de um plano fiscal concreto.




No mercado internacional, às 17h42, o índice do dólar — que compara a moeda dos EUA com uma cesta de seis outras divisas — registrava alta de 0,02%, alcançando 104,280. Assista abaixo!

Corte ‘avançando’
O ministro da fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta terça-feira (29), que as conversas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre os cortes de gastos obrigatórios estão avançando.

No entanto, Haddad afirmou que, até o momento, não há previsão de valores e nem data para que seja anunciada a medida.

O ministro da fazenda se reuniu com Lula nesta terça, acompanhado do futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e de secretários da pasta. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, também participou do encontro no Palácio da Alvorada.




Fernando Haddad e Simone Tebet, ministra do Planejamento, anunciaram, antes do segundo turno das eleições municipais, que o governo estava preparando medidas de revisão de políticas públicas para cortes de gastos, buscando garantir o cumprimento do arcabouço fiscal aprovado no ano passado.




Segundo Simone Tebet, não está em discussão qualquer mudança na política de valorização do salário mínimo e sua indexação com as aposentadorias.

Fernando Haddad havia antecipado estudos sobre gastos com o seguro desemprego, com o Benefício Previdenciário Contínuo, além dos tetos constitucionais para saúde e educação. E mais: Bolsonaro vai ao Senado discutir eleição no Congresso e mantém esperança no ‘PL da Anistia’. Clique AQUI para ver. (Foto: Ministério da Economia; Fontes: InfoMoney)

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