Presidente da rede Marisa renuncia em meio a dívidas de quase R$ 600 milhões

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Após o caso Americanas, nesta quarta-feira (8) mais uma grande marca conhecida dos brasileiros anunciou ‘fato relevante’: a rede Marisa informou a renúncia do seu presidente-executivo, Adalberto Pereira Santos, que assumiu o posto em março do ano passado.

O vice-presidente comercial da Marisa, Alberto Kohn de Penhas, vai assumir a presidência executiva de maneira interina, enquanto a companhia seleciona um novo presidente. No comunicado, a Marisa afirmou ter contratado a BR Partners para assessorá-la no processo de renegociação de seu endividamento financeiro.

A Marisa somava, ao final de setembro, uma dívida líquida ajustada de R$ 566,1 milhões, de acordo com o balanço do terceiro trimestre da varejista. Já o patrimônio líquido da empresa atingia R$ 974 milhões.

Ao contrário da Americanas, a Marisa não foi à Justiça pedir proteção contra seus credores. Com o caixa apertado e vencimentos próximos, a Marisa se antecipou e vai conversar com os bancos credores para tentar reescalonar dívidas que somam cerca de R$ 600 milhões, segundo reportagem do Estadão/Broadcast.

A empresa começou reestruturação em 2017, mas com as dificuldades da pandemia, vendas fracas e inadimplência alta nos serviços de crédito, a operação não teve êxito. A empresa estava à venda, mas não também encontrou compradores. “A Americanas realmente contaminou o varejo no tocante à relação com os bancos”, diz o consultor em varejo Eugênio Foganholo, da Mixxer Desenvolvimento Empresarial, em entrevista à Folha de São Paulo.

“Além disso, existe o fator Shein: entre as grandes do varejo têxtil no Brasil, a Marisa é o elo mais fraco na disputa com a chinesa”, diz ele, referindo-se às rivais Renner, C&A e Riachuelo.


Fontes: R7; Folha de SP; Estado de SP
Foto: divulgação

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