Diretor da abertura dos jogos Olímpicos nega ter zombado da ‘Última Ceia’

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O diretor artístico da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, Thomas Jolly, negou neste domingo (28) ter zombado da ‘Última Ceia’ dos Evangelhos em um dos momentos do espetáculo, momento da abertura criticado no mundo todo e que gerou indignação nas redes sociais.

“Nunca encontrará da minha parte nenhum desejo de zombar, de denegrir nada. Quis fazer uma cerimônia que reparasse, que reconciliasse. Também que reafirmasse os valores de nossa República”, alegou ele à rede de televisão BFMTV.

 

 

Em um dos momentos da cerimônia de sexta-feira (26), chamada “Festividade”, aparecia um grupo de pessoas em uma longa mesa, que lembrava a Última Ceia, a refeição final que Jesus compartilhou com seus apóstolos antes de sua crucificação, como mostram os Evangelhos cristãos.

A Conferência Episcopal Francesa (CEF) condenou no sábado o que considera “cenas de mofa e zombaria do cristianismo”. Mas, segundo Jolly, a Última Ceia “não foi minha inspiração”. “A ideia era mais fazer um grande festival pagão conectado com os deuses do Olimpo… Olympus… Olimpismo”, assegurou.” Veja abaixo (em francês)

 

Thomas Jolly (nascido em 1 de fevereiro de 1982), é um ator francês e diretor artístico da ‘La Piccola Familia’, uma companhia de teatro que ele mesmo fundou em Rouen em 2006. Ele nasceu e foi criado perto de Rouen, na Normandia; é filho de um impressor e de uma enfermeira.

Em setembro de 2022, Jolly foi nomeado diretor artístico da cerimônia de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 em colaboração com Thierry Reboul.

Jolly, de 42 anos, ficou conhecido em 2014 no meio teatral francês com a trilogia “Henrique VI”, de Shakespeare, uma obra de 18 horas que apresentou no Festival de Avignon.

Primeira peça histórica de Shakespeare, ela foi escrita quando o gênio tinha 25 anos, por volta de 1590. O texto evoca 50 anos de uma nação que se dilacera em batalhas, atravessando a Guerra dos Cem Anos e depois das Duas Rosas.
A crítica especializada diz que a epopeia merecia a audácia de um jovem diretor – Thomas Jolly tinha 28 anos quando iniciou o projeto, há quatro anos.

Já a ‘Última Ceia’ (em italiano: L’Ultima Cena e também Il Cenacolo) é um afresco de Leonardo da Vinci para a Igreja de Santa Maria delle Grazie em Milão, Itália. O trabalho presume-se que tenha sido iniciado por volta de 1495-96 e foi encomendado como parte de um plano de reformas na igreja e nos seus edifícios conventuais pelo patrono de Leonardo, Ludovico Sforza, duque de Milão. Representa o episódio bíblico da Última Ceia de Jesus com os Apóstolos antes de ser preso e crucificado. É um dos bens culturais mais conhecidos e estimados do mundo.

O trabalho mantém-se no convento que o sucessor de Ludovico Sforza destinou ao local de sepultura dos seus familiares. O tema da Última Ceia era tradicional em refeitórios monásticos, mas a interpretação de Leonardo deu um maior realismo e profundidade à cena representada e ao lugar.

Leonardo da Vinci passou grande parte destes três anos dando atenção integral a esta pintura o que era fato raro para um pintor versátil e do seu nível. Sofreu agressões ao longo do tempo desde a abertura de uma porta pelos padres até ao bombardeio aéreo na Segunda Guerra Mundial. Saiba mais AQUI. (Foto: reprodução vídeo; Fontes: Globo; RFI)

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