Dinho ouro Preto diz que ‘fez o L’, mas ‘não é petista’ nem quer o Capital Inicial como ‘palanque’

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Ao jornal ‘Estadão’, Dinho Ouro Preto, vocalista da banda Capital Inicial, falou sobre os 40 anos de carreira do grupo dono de hits como ‘Fátima’ e ‘Natasha’.

Ele abordou sobre a fama de ‘Highlander’, falou sobre o segmento sertanejo, que domina as paradas da música brasileira, e também conversou sobre política.

Dinho diz que em 2022 votou em Lula, mas que não é um petista clássico, que optou por ‘fazer o L’ por enxergar um suposto ‘risco à democracia’ e que o ‘8 de Janeiro’ seria uma prova dessa teoria. Clique AQUI para ler na íntegra e veja alguns trechos abaixo.

Estadão: Como está sendo comemorar 40 anos de carreira? Ao todo, a turnê vai durar 1 ano e 9 meses. Fizemos 153 shows, tocamos para 600 mil pessoas. Nos cercamos de grandes artistas para o projeto. O resultado é algo visualmente surpreendente, incrível de se ver. É uma síntese dessas muitas décadas na estrada. Ao longo desse tempo, nós acabamos atingindo diferentes gerações. O Capital sempre se pauta por novos discos, músicas novas. O Capital não congelou no tempo. Isso explica o motivo da turnê ter ido tão bem: o Capital dialoga com diferentes faixas etárias e todas as regiões do Brasil.

Estadão: Sobre essa era polarizada, você se preocupa com o patrulhamento das redes ou ataques de viés político? Olha, eu digo o que penso. Me considero de centro-esquerda. O extremismo me preocupa. Durante as últimas eleições, eu e várias outras pessoas que não são petistas, Simone Tebet, Alckmin, FHC, apoiamos o Lula por perceber o perigo que o Bolsonaro representava. De fato havia, tanto que em 8 de janeiro os caras tentaram dar um golpe. Antes da eleição, fiz o L, perdi dezenas de milhares de seguidores. Em alguns momentos críticos da história do Brasil você precisa se pronunciar. Somos de uma geração engajada, mas também não quero que o Capital vire um palanque. Eu não sou um ativista, sou um músico. Agora, você não pode achar que metade do Brasil que votou no Bolsonaro é fascista. Não é possível, não dá para ser. Uma grande fatia disso engloba os antipetistas, os conservadores… Mas daí a dizer que são fascistas é extrapolar. Do mesmo jeito que isso vale para a esquerda também. Você tem dentro do PT gente bastante simpática a regimes totalitários. Inclusive, o Lula volta e meia faz elogios a autocracias, algo que tenho dificuldade de engolir. Mas usar a palavra ‘comunista’ para servir a todo mundo da esquerda me parece incorreto. E o inverso também me parece errado. Nem todo mundo que é de direita é fascista. No entanto, há uma parte da direita que foi acampar na frente dos quartéis. Esses aí… não sei bem, me lembram um pouco o integralismo.

 

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