No trimestre encerrado em fevereiro de 2024, a taxa de desocupação chegou a 7,8%, com alta de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em novembro de 2023.
O número de pessoas em busca de trabalho chegou a 8,5 milhões de pessoas, com alta de 4,1% na comparação trimestral, o que equivale a mais 332 mil pessoas buscando uma ocupação. Foi o primeiro aumento desse contingente desde o trimestre móvel encerrado em abril de 2023.
A alta na taxa de desocupação se deveu especificamente ao aumento da procura por trabalho, porque o número de pessoas que estavam trabalhando no país se manteve nos 100,2 milhões, sem apresentar variação estatisticamente significativa na comparação trimestral.
A população ocupada no país atingiu 100,2 milhões de pessoas no trimestre encerrado em fevereiro, em um movimento de estabilidade com relação ao trimestre anterior. Na comparação anual, o valor representa um acréscimo de 2.127 mil pessoas empregadas. O nível de ocupação foi de 57,1%, uma redução de 0,3 ponto percentual com relação ao trimestre de setembro a novembro de 2023 (57,4%).
O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exclusivamente trabalhadores domésticos) foi de 38 milhões. Não variou frente ao trimestre anterior.
O número de empregados sem carteira no setor privado marcou 13,3 milhões no trimestre encerrado em fevereiro. Ficou estável em relação ao anterior.
A pesquisa ainda contabilizou 25,4 milhões de pessoas em trabalhos informais. O número apresentou estabilidade diante dos números do último trimestre e do último ano.
Setores
Alguns grupamentos de atividade da PNAD Contínua do IBGE mostraram redução no contingente de pessoas ocupadas: agropecuária, administração pública, saúde educação. Por outro lado, o número de pessoas ocupadas no grupamento de Transportes Armazenagem e Correio cresceu 5,1% na comparação trimestral, o equivalente a mais 285 mil pessoas trabalhando no setor.
Desalentados
O número de pessoas desalentadas chegou a 3,7 milhões de pessoas, com alta de 8,7% na comparação trimestral, o equivalente a mais 293 mil pessoas nessa condição. Foi a primeira alta desse contingente desde o trimestre móvel encerrado em abril de 2021, quando o número de pessoas desalentadas chegou a 5,9 milhões, durante a pandemia de Covid 19. Já o rendimento médio das pessoas ocupadas chegou a R$ 3.110, com alta de 1,1% no trimestre e de 4,3% na comparação anual.
Subutilização
A população subutilizada somou 20,6 milhões de pessoas no trimestre encerrado em fevereiro. Em 1 ano, caiu 4,5% ou 963 mil de brasileiros. É considerado subutilizado quem está desempregado, trabalha menos do que poderia ou não procurou emprego mesmo estando disponível para trabalhar. A taxa de subutilização ficou 17,8% no trimestre encerrado em fevereiro. Ficou 0,4 ponto percentual acima do registro do trimestre anterior (17,4%). Caiu 1 p.p ante o mesmo período do ano passado (18,8%). (Foto: Karolina Fabbris Pacheco/AEN-PR; Fontes: IBGE; Poder360; G1)