Saíram, nesta terça-feira (28), os dados referentes à taxa de desemprego no Brasil em 2022, último ano do governo Bolsonaro/Guedes. O ano passado terminou com uma taxa média de desocupação de 9,3%, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados nesta terça-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa é inferior aos 13,2% registrados no fim de 2021. Uma queda de 3,9% de um ano para o outro.
Essa é a menor taxa de desocupação desde 2015 (8,6%). A menor taxa da série histórica, iniciada em 2012, foi registrada em 2014 (6,9%), antes das eleições daquele ano. Após a vitória de Dilma Roussef, as demissões aceleraram.
Em relação à população desocupada média, o país totalizou 10 milhões de pessoas, queda de 3,9 milhões (-27,9%) em relação ao ano anterior. A população ocupada média no ano atingiu 98 milhões, 7,4% acima de 2021.
O nível médio de ocupação, ou seja, o percentual de pessoas em idade de trabalhar que estão efetivamente ocupadas, ficou em 56,6% em 2022, segundo ano de crescimento consecutivo depois de atingir o menor patamar em 2020 (51,2%).
Último trimestre
Considerando-se apenas o último trimestre de 2022, a taxa de desocupação ficou em 7,9%, a menor taxa para um quarto trimestre desde 2014 (6,6%). No último trimestre de 2021, o indicador havia ficado em 11,1%. Já no terceiro trimestre de 2022, a desocupação atingiu 8,7%.
No último trimestre de 2022, a população desocupada chegou a 8,6 milhões de pessoas, quedas de 9,4% (menos 888 mil pessoas) ante o terceiro trimestre daquele ano e de 28,6% (menos 3,4 milhões de pessoas) ante o quarto trimestre de 2021.
A população ocupada atingiu 99,4 milhões de pessoas, estável em relação ao terceiro trimestre e com alta de 3,8% (3,6 milhões de pessoas) ante o último trimestre de 2021.
Já o nível da ocupação do trimestre ficou em 57,2%, igualando-se ao trimestre anterior (57,2%) e subindo 1,6 p.p. na comparação com o quarto trimestre de 2021 (55,6%).
Comércio e serviços puxam alta; Agricultura registra queda
O crescimento do mercado de trabalho entre 2021 e 2022 foi disseminado entre as diversas atividades econômicas. Destaque para Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, que acumulou ganho de 9,4% (mais 1,6 milhão de pessoas) e chegou a cerca de 18,9 milhões de pessoas ocupadas no setor. A atividade que engloba “outros serviços” foi a com maior percentual de aumento da população ocupada, 17,8%, atingindo 5,2 milhões de trabalhadores. A segunda maior alta foi de Alojamento e alimentação, que cresceu 15,8% e viu o contingente de pessoas ocupadas atingir 5,4 milhões.
Apenas o setor de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura teve queda percentual da população ocupada (-1,6%). A estimativa é que 8,7 milhões de trabalhadores estavam ocupados no setor em 2022.
Trimestre encerrado em dezembro tem queda na desocupação e na subutilização
Considerando apenas o índice do trimestre de outubro a dezembro de 2022, a PNAD Contínua divulgada hoje mostra que a taxa de desocupação (7,9%) foi 0,8 p.p. menor que a do trimestre de julho a setembro de 2022 (8,7%) e 3,2 p.p. inferior à do mesmo trimestre de 2021 (11,1%). A taxa composta de subutilização (18,5%) também apresentou queda: 1,6 p.p. ante o trimestre anterior (20,1%) e 5,8 p.p. no confronto com o mesmo trimestre de 2021 (24,3%).
A população desocupada chegou a 8,6 milhões de pessoas, queda de 9,4% (menos 888 mil pessoas) frente ao trimestre terminado em setembro e diminuição de 28,6% (menos 3,4 milhões de pessoas) ante o mesmo trimestre móvel de 2021. Já a população ocupada atingiu 99,4 milhões de pessoas, mostrando estabilidade no confronto com o trimestre terminado em setembro, mas com alta de 3,8% (3,6 milhões de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2021.
Por fim, o nível da ocupação de dezembro de 2022 foi de 57,2%, igualando-se ao trimestre anterior (57,2%) e subindo 1,6 p.p. no ano (55,6%).