A taxa de desocupação no Brasil alcançou 7% nos três primeiros meses de 2025, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). O índice representa um aumento de 0,8 ponto percentual em comparação com o último trimestre de 2024, quando estava em 6,2%.
Já em relação ao primeiro trimestre de 2024, por exemplo, a taxa de desocupação era mais elevada: 7,9%. Já no trimestre encerrado em fevereiro deste ano, o índice estava em 6,8%.
O número atual iguala o menor patamar para o período desde o início da série histórica da pesquisa, que antes pertencia ao trimestre encerrado em março de 2014, quando a taxa era de 7,2%.
De acordo com o levantamento, o resultado veio dentro do que previam os analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que estimavam variações entre 6,8% e 7,2%, com mediana exata em 7,0%.
A pesquisa também apontou crescimento na renda média real do trabalhador, que ficou em R$ 3.410 entre janeiro e março de 2025 — avanço de 4,0% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A massa de rendimentos habitual dos ocupados somou R$ 345,048 bilhões no mesmo intervalo, um acréscimo de 6,6% em relação ao primeiro trimestre de 2024.
Na análise por setor, o número de trabalhadores empregados não aumentou em nenhum grupamento de atividade em comparação com o trimestre anterior. Alguns setores registraram queda no número de ocupados:
Construção civil: retração de 5,0%, o que representa menos 397 mil pessoas;
Alojamento e alimentação: queda de 3,3%, ou menos 190 mil trabalhadores;
Administração pública, defesa, educação, saúde e serviços sociais: recuo de 1,6%, equivalente a 297 mil pessoas a menos;
Serviços domésticos: diminuição de 4,0%, com redução de 241 mil ocupações.
Por outro lado, quando comparado ao mesmo trimestre do ano passado, alguns setores mostraram recuperação. Entre os destaques positivos estão:
Indústria geral: crescimento de 3,3%, com 431 mil novas ocupações;
Comércio e reparação de veículos: alta de 3,1%, com mais 592 mil trabalhadores;
Transporte, armazenagem e correio: incremento de 4,4%, o que significa 253 mil pessoas a mais;
Informação, comunicação e serviços administrativos e financeiros: aumento de 4,1%, representando 518 mil ocupações adicionais;
Administração pública e áreas afins: crescimento de 4,0%, com mais 713 mil postos de trabalho.
Já a agricultura, pecuária e pesca apresentaram retração de 4,2%, o que representa menos 334 mil trabalhadores em comparação com o início de 2024. Os serviços domésticos também sofreram perdas nessa base de comparação, com redução de 3,5% ou 208 mil pessoas a menos.
Apesar da ligeira piora na comparação trimestral, os dados mostram que o mercado de trabalho brasileiro segue com desempenho sólido em relação aos anos anteriores, especialmente considerando a melhora nos indicadores de renda e massa salarial. E mais: União Brasil e PP oficializam federação. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fontes: Estadão; IBGE; Poder360)