O desemprego subiu para 8,8% no primeiro trimestre de 2023, frente ao trimestre anterior (referente a 2022) e essa expansão foi disseminada por 16 unidades da federação. Nos demais estados, a taxa ficou estável.
Na mesma comparação, a desocupação cresceu em todas as grandes regiões, com destaque para o Nordeste, onde a taxa aumentou 1,4 p.p. e chegou a 12,2%. Os dados são do resultado trimestral da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada hoje (18) pelo IBGE.
No primeiro trimestre do ano, o Nordeste segue com a maior taxa de desocupação entre as regiões, enquanto o Sul (5,0%) tem a menor. Das dez unidades da federação com os maiores percentuais, sete são estados nordestinos. Entre eles, destacam-se Bahia (14,4%) e Pernambuco (14,1%), com as maiores taxas do país. Por outro lado, as menores taxas de desocupação foram registradas por Rondônia (3,2%), Santa Catarina (3,8%) e Mato Grosso (4,5%). (veja gráfico abaixo)
Todos os estados do Norte e do Nordeste registraram taxas de informalidade maiores que a média nacional (39,0%). Os maiores percentuais entre eles foram registrados por Pará (59,6%), Amazonas (57,2%) e Maranhão (56,5%).
No país, o número de pessoas ocupadas chegou a 97,8 milhões no primeiro trimestre, queda de 1,6% em relação ao quarto trimestre de 2022, o que representa menos 1,5 milhão de pessoas no mercado de trabalho.
Esse contingente era composto por 68,5% de empregados, 4,3% de empregadores, 25,8% de pessoas que trabalharam por conta própria e 1,5% de trabalhadores familiares auxiliares.
No Norte (31,2%) e no Nordeste (29,0%), o percentual de trabalhadores por conta própria era superior ao das demais regiões. Rondônia (37,3%) foi o estado com a maior proporção desses profissionais, seguido por Amazonas (32,5%) e Amapá (32,3%). Já as menores estavam no Distrito Federal (20,7%), Tocantins (21,3%) e Mato Grosso do Sul (22,3%).