O deputado federal Júnior Mano (PSB-CE) voltou a ocupar as manchetes nesta terça-feira (8), agora como um dos alvos de uma operação da Polícia Federal que investiga um esquema de desvios de recursos públicos e fraudes em licitações no Ceará.
O parlamentar teve seu gabinete na Câmara dos Deputados, em Brasília, vasculhado por agentes federais. Mandados também foram cumpridos em cinco cidades cearenses, entre elas Fortaleza e Nova Russas.
A nova fase de investigações marca mais um episódio polêmico na trajetória política de Júnior Mano. Em 2024, o deputado foi expulso do PL por decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, após romper com o partido e declarar apoio a Evandro Leitão (PT) na disputa pela prefeitura de Fortaleza — contrariando a candidatura oficial do PL, representada por André Fernandes.
Mano não apenas manifestou apoio, como organizou um ato político com a presença de dezenas de prefeitos, selando sua aproximação com o PT. Hoje filiado ao PSB, Mano é apadrinhado pelo senador Cid Gomes e planeja disputar uma vaga no Senado em 2026.
A operação da PF, autorizada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, inclui 15 mandados de busca e apreensão, além da quebra de sigilo de celulares e o bloqueio de até R$ 54,6 milhões de investigados.
Segundo os investigadores, o grupo criminoso articulava o envio de verbas federais a determinados municípios cearenses, com parte dos recursos sendo desviada por meio de contratos fraudulentos e empresas de fachada.
A apuração envolve suspeitas de organização criminosa, lavagem de dinheiro, compra de votos e falsidade ideológica. Até o momento, Júnior Mano não se pronunciou publicamente sobre a operação. (Foto: Ag. Câmara; Fonte: Pleno News)
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