General Freire Gomes presta depoimento por quase 8 horas

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O depoimento do general Marco Antônio Freire Gomes à Polícia Federal (PF) durou mais de 8 horas. O ex-comandante do Exército no governo Bolsonaro foi interrogado na condição de testemunha, comprometendo-se a responder a todas as perguntas.

De acordo com informações da CNN, havia a possibilidade de o general se tornar um investigado, o que lhe daria o direito de permanecer em silêncio. No entanto, ele optou por colaborar.

O conteúdo do depoimento permanece em sigilo, assim como nas demais oitivas do caso até agora, onde nem mesmo os advogados puderam obter uma cópia do que foi dito.

Freire Gomes iniciou seu depoimento por volta das 15h na sede da PF em Brasília e terminou por volta das 22h. Ele foi chamado para fornecer informações após mais de 20 investigados – todos envolvidos na ‘Operação Tempus Veritatis’, iniciada em fevereiro – serem interrogados.

Segundo relatos preliminares na imprensa, o general foi questionado sobre quem participou de uma reunião no Palácio da Alvorada, onde supostamente foi discutido um plano de ‘golpe de estado’.

Também foi questionado sobre os acampamentos montados em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília (DF).

O relatório da PF, que embasou a decisão de busca e apreensão contra 24 investigados, indica que Freire Gomes não aderiu a essa suposta tentativa de golpe. Por esse motivo, teria sido chamado de ‘cagão’ pelo general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, e candidato a vice-presidente nas eleições de 2022.

Os investigadores avaliam que o general precisa explicar por que não denunciou esse suposto ‘golpe’, mesmo tendo se recusado a participar.

O depoimento faz parte da Operação Tempus Veritatis, iniciada pela PF em 8 de fevereiro. Na semana passada, o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro e candidato a vice-presidente em 2022, Walter Souza Braga Netto, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, prestaram depoimento.

Na semana passada, Bolsonaro, ex-ministros e militares foram à PF para serem interrogados, mas alguns, incluindo o ex-presidente, optaram por exercer o direito de permanecer em silêncio. E mais: Bolsonaro vira ‘garoto-propaganda’ de marca de cosméticos de Michelle. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fontes: CNN; G1)

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