Ao contrário do tempo que levou para agendar a sabatina de André Mendonça, o presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), senador Davi Alcolumbre (União-AC), agendou com certa ‘celeridade’ a sabatina do advogado Cristina Zanin.
Segundo ele, Zanin, que foi advogado de Lula nas acusações da lava Jato, será sabatinado na comissão no dia 21 de junho.
Zanin é o indicado de Lula ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) na vaga aberta com a aposentadoria de Ricardo Lewandowski. O relator da indicação será o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), adiantou Alcolumbre.
No mesmo dia, a indicação (MSF 34/2023) poderá ser votada no Plenário, disse o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, após reunir-se com Alcolumbre e Zanin nesta segunda-feira (12).
“Recebi, nesta segunda-feira (12), em Brasília, a visita do advogado Cristiano Zanin, que me apresentou seu histórico profissional e sua disposição de integrar o Supremo Tribunal Federal. Acompanhou-me no encontro o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, senador Davi Alcolumbre, que definiu para o próximo dia 21 a sabatina na comissão. Tão logo finalizadas a sabatina e a votação na CCJ, darei encaminhamento ao Plenário do Senado na mesma data”, afirmou Pacheco.
Já André Mendonça…
Quando o Ministro indicado foi André Mendonça, Alcolumbre não demonstrou tanta pressa. O nome sugerido pelo então presidente Jair Bolsonaro levou mais de 100 dias e se tornou, disparado, o mais demorado para ser sabatinado.
Para se ter ideia, o segundo colocado na lista da demora está o ex-ministro falecido Teorii Zavascki, com 37 dias, cerca de 1/3 do tempo de Mendonça.
Alexandre de Moraes (14 dias), Fachin (27 dias), Roberto Barroso (12 dias) são mais exemplos de ministros que foram sabatinados em um tempo menor do que Mendonça.
Lula indicou Zanin e 1 de junho. Quando foi ao Senado responder questões dos parlamentares terá esperado apenas 20 dias pelo dia que pode marcar confirmar sua indicação ao STF.