Daniel Noboa (Ação Democrática Nacional, centro-direita) foi reconduzido à presidência do Equador neste domingo (13), ao superar a candidata Luisa González (Revolução Cidadã, esquerda) no segundo turno das eleições presidenciais.
Com 90% das urnas apuradas, o atual mandatário somava 55,09% dos votos, frente a 44,05% da ex-deputada. Os números oficiais mostraram uma vantagem bem maior do que o previsto pelas pesquisas de boca de urna divulgadas após o encerramento da votação.
Mesmo antes da finalização da contagem, González reuniu apoiadores em Quito e recusou-se a aceitar o resultado:
“Obrigada por esse esforço, esse carinho e essa confiança. Estou aqui dando a cara, como sempre. A Revolução Cidadã sempre aceitou os resultados, mas, desta vez, não reconhecemos”, afirmou ela, sendo ovacionada por uma multidão que gritava “Fraude!” e “Você não está sozinha”.
A candidata correísta acusou Noboa de abuso de poder e alegou, sem apresentar provas, que o presidente teria decretado estado de exceção para “garantir a grotesca fraude” eleitoral. Também afirmou que Noboa não se afastou da presidência durante a campanha e utilizou o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) em benefício próprio. Ela prometeu solicitar a recontagem dos votos e a abertura das urnas, incentivando sua base a se manter em alerta.
Do outro lado, simpatizantes de Noboa já tomavam as ruas em comemoração. Em Quito, bandeiras, buzinas e fogos marcaram o avanço da apuração, com apoiadores se reunindo em frente à sede do CNE. Enquanto isso, o grupo de González, inicialmente concentrado para celebrar, começou a se dispersar.
Duas pesquisas autorizadas pelo CNE haviam projetado cenários distintos. A Telcodata indicava vitória de Noboa por 51,2% a 48,8%, enquanto a Corpmontpubli previa um triunfo de González com 51,99%, margem de erro de 3%. A diferença no primeiro turno, realizado em fevereiro, havia sido de apenas 0,17 ponto percentual — a menor da história recente do país.
Durante o domingo, González votou em Manabí, sob forte esquema de segurança, sendo recebida com aplausos e gritos de “Luisa presidenta”. Horas antes, já havia publicado em redes sociais que “falsas atas de votação” teriam sido plantadas a mando de Noboa para justificar uma suposta fraude. Nenhuma evidência foi apresentada.
Após o pleito, observadores internacionais reforçaram a lisura da eleição. Gabriel Mato, da União Europeia, relatou que não houve anormalidades. Heraldo Muñoz, da OEA, também elogiou a tranquilidade do processo e pediu que a população aguardasse os resultados “com paciência”. E mais: Carro mais seguro da Volvo chega ao Brasil por R$ 850 mil. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução redes sociais; Fonte: O Globo; POder360)
