Estudo aponta cursos superiores com mais taxa de formados desempregados

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Estudo recente do Instituto Semesp, em parceria com a empresa de tecnologia educacional Workalove, reforça que investir no ensino superior continua sendo uma estratégia vantajosa. O levantamento mostra que 87,3% dos graduados entrevistados estão em alguma atividade remunerada.

No entanto, a empregabilidade varia entre os cursos oferecidos pelas universidades. Algumas áreas de formação apresentam maior dificuldade de inserção no mercado.Segundo o estudo, os cursos com maior taxa de egressos desempregados são:

1. História – 31,6% sem ocupação remunerada
2. Relações Internacionais – 29,4%
3. Serviço Social – 28,6%
4. Radiologia – 27,8%
5. Enfermagem – 24,5%
6. Química – 22,2%
7. Nutrição – 22,0%
8. Logística – 18,9%
9. Agronomia – 18,2%
10. Estética e Cosmética – 17,5%

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Por outro lado, algumas carreiras apresentam maior estabilidade, com altos índices de profissionais atuando na área em que se formaram. Os cursos com melhor aproveitamento no mercado são:
1. Medicina – 92,0% dos egressos trabalhando na área
2. Farmácia – 80,4%
3. Odontologia – 78,8%
4. Gestão da Tecnologia da Informação – 78,4%
5. Ciência da Computação – 76,7%
6. Medicina Veterinária – 76,6%
7. Design – 75,0%
8. Relações Públicas – 75,0%
9. Arquitetura e Urbanismo – 74,6%
10. Publicidade e Propaganda – 73,5%

Outro dado relevante do estudo mostra que muitos profissionais acabam exercendo funções fora da sua área de formação. As graduações com maior percentual de egressos atuando em setores distintos são:
1. Engenharia Química – 55,2% em áreas diferentes da formação
2. Relações Internacionais – 52,9%
3. Radiologia – 44,4%
4. Engenharia de Produção – 42,4%
5. Processos Gerenciais – 41,2%
6. Gestão de Pessoas/RH – 40,5%
7. Jornalismo – 40,4%
8. Biologia – 40,0%
9. Química – 38,9%
10. História – 36,8%

De acordo com a pesquisa, profissionais que trabalham na área em que se formaram recebem, em média, 27,5% a mais do que aqueles que mudaram de setor. A metade dos graduados entrevistados tem salários entre R$ 3 mil e R$ 10 mil, com uma renda mensal média bruta de R$ 4.640.

O estudo foi realizado entre agosto e setembro deste ano e contou com a participação de 5.681 graduados de instituições públicas e privadas em diversas regiões do Brasil.

Apesar de serem áreas essenciais para a saúde e o bem-estar, profissões como Enfermagem e Nutrição registram um número significativo de formados desempregados.

Isso se deve, em grande parte, à alta concorrência e à limitação de vagas disponíveis, que nem sempre acompanham o crescimento do número de profissionais graduados anualmente. Além disso, muitos enfrentam dificuldades para encontrar oportunidades com remuneração compatível com a formação, especialmente no início da carreira.

O desemprego também atinge áreas como História e Serviço Social, onde o mercado de trabalho sofre com a saturação. Isso ocorre quando a oferta de profissionais supera a demanda, tornando a disputa por vagas cada vez mais acirrada.

A competitividade elevada é outro fator determinante. Cursos como Relações Internacionais e Radiologia formam um grande número de profissionais, mas o mercado, muitas vezes, não consegue absorver todos, levando a um cenário de forte concorrência e, em alguns casos, de escassez de oportunidades.

Diante desse panorama, a especialização e a busca por experiências complementares tornam-se estratégias fundamentais para aumentar as chances de inserção no mercado de trabalho e conquistar melhores posições na carreira (Foto: FreePik; Fonte: VocêSA)

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