Cresce número de jovens ‘nem-nem-nem’

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O número de jovens que não estudam, não trabalham e nem estão procurando emprego aumentou no último ano, segundo levantamento do Ministério do Trabalho divulgado nesta terça-feira (28).

No primeiro trimestre de 2023, o Brasil contava com 4 milhões de jovens entre 14 e 24 anos nessa situação, número que subiu para 5,4 milhões no mesmo período deste ano.

Desse grupo, cerca de 60% são mulheres, majoritariamente mães de filhos pequenos, e 68% são negros. Somando-se aos desocupados (3,2 milhões), que não estudam nem trabalham, mas estão à procura de emprego, o total de jovens “nem-nem” no Brasil atualmente é de 8,6 milhões. O termo “nem-nem” refere-se a quem não estuda nem trabalha, independentemente de buscar emprego.

Jovens entre 14 e 24 anos representam 17% da população brasileira, totalizando 34 milhões de pessoas, com a maioria (39%) vivendo na região Sudeste, metade no estado de São Paulo.

A taxa de participação desse grupo no mercado de trabalho ainda não voltou ao nível de 2019, que era de 52,7% no primeiro trimestre, estando em 50,5% no mesmo período deste ano. Essa taxa inclui jovens ocupados e desocupados em busca de emprego, mas exclui aqueles fora do mercado devido a outras atividades, como cuidados ou estudos.

Em 2024, a população ocupada entre 14 e 24 anos é de 14 milhões, dos quais 45% (6,3 milhões) trabalham na informalidade, com variações significativas entre estados.

Do total de jovens ocupados, apenas 12% (cerca de 2 milhões) estão em ocupações técnicas, culturais, de informática ou comunicações, áreas com menor informalidade. A maioria, cerca de 12 milhões, está em trabalhos de baixa qualificação ou remuneração.

As ocupações mais comuns entre esses jovens incluem trabalhadores de controle de abastecimento e estoques, escriturários gerais, repositores de prateleiras, caixas e expedidores de bilhetes, recepcionistas, balconistas e vendedores de loja.

Aprendizes & Estagiários
Entre 2011 e 2024, o número de aprendizes no Brasil dobrou, totalizando atualmente 602 mil. Um levantamento aponta que 59% desses jovens não concluíram o ensino médio. Esse nível de escolaridade influencia os tipos de empregos ocupados pelos aprendizes, que são formalizados e ajudam nas despesas, mas nem sempre oferecem perspectivas de carreira.

As principais ocupações de aprendizes atualmente incluem auxiliar de liderança, assistente administrativo, repositor de mercadorias, vendedor de comércio varejista, alimentador de linha de produção, mecânico de manutenção de máquinas, embalador, escriturário de banco, auxiliar de logística, operador de caixa e almoxarife.

Já os estagiários aumentaram de 642 mil em 2023 para 877 mil em 2024, um crescimento de 37%. Mais da metade (51%) trabalha em empresas privadas, com uma parcela significativa no setor público (40%), especialmente na administração pública (30%) e na Justiça (7%).

Além disso, apenas 46% dos estagiários têm registro de bolsa-auxílio ou salário. O valor médio da bolsa no país varia entre R$ 712 e R$ 1.314, dependendo da jornada de trabalho. E mais: Chefe de gabinete de Javier Milei na Argentina renuncia. Clique AQUI para ver. (Foto: Imagem de freepik; Fonte: G1)

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